Do sopro ao afeto: Corpos Kõkãmou na experiência xamânica I Luiz Davi Vieira Gonçalves

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Descrição

Título: Do sopro ao afeto

Subtítulo: Corpos Kõkãmou na experiência xamânica

Autor: Luiz Davi Vieira Gonçalves

1.ª edição, 2022

Coleção Teatro, 126

ISBN: 9788584042616

166 páginas

Informação adicional

Peso 0,315 kg
Dimensões 21,0 × 14,0 × 2,0 cm

ATENÇÃO

Estamos preparando a 2ª edição do livro e estará disponível em breve.

Caso queira ficar sabendo escreva para editorial@huciteceditora.com.br ou WhatsApp +55 11 97754-1636.

 


 

O título do livro de Luiz Davi Vieira Gonçalves sinaliza um percurso: Do sopro ao afeto: corpos kõkãmou na experiência xamânica. Em cosmologias Yanomami, o sopro é a alma, o princípio vital que os humanos compartilham com todo ser vivo e inanimado. Todos os seres têm alma. No fundo, humanos e não humanos somos todos humanos. Considerando que este, precisamente, é o significado da palavra yanomami — “humanos” —, somos todos yanomami.
Se o sopro, ou alma, é comum a todos os seres, os corpos diferenciam. Como feixes de afetos e capacidades, os corpos são feitos, moldados, construídos. Em cada corpo, um ponto de vista — ou, como gosto de pensar, um lugar olhado (sentido e vivido) das coisas. Na experiência xamânica, corpos se transformam, e se multiplicam. Proliferam multiplicidades. Diversos, inúmeros, emergentes — os corpos se apresentam. E se reúnem. Corpos kõkãmou — “juntos”.
Em sua conhecida parábola sobre a conquista da América, Claude Lévi-Strauss narra um episódio: nas Antilhas, enquanto os espanhóis enviavam comissões de inquérito para saber se os ameríndios tinham alma ou não, estes submergiam prisioneiros brancos, em prolongados e cuidadosos experimentos, para verificar se os seus cadáveres apodreciam ou não. Na interpretação (ou epifania) de Eduardo Viveiros de Castro, esta anedota não apenas revela a força do etnocentrismo — o favorecimento da própria humanidade às custas da humanidade do outro —, mas, também, a diferença de perspectivas. Para os espanhóis, a dimensão marcada era a alma; para os ameríndios, o corpo. Os europeus nunca duvidaram de que os índios tivessem corpos — os animais também os têm. Os índios, por sua vez, nunca duvidaram que os brancos tivessem almas — os animais, as plantas, e os espectros dos mortos também as têm.
Em sua pesquisa, Luiz segue um percurso ameríndio. Do sopro ao afeto, da alma ao corpo. O pesquisador se atira em uma experiência xamânica. O seu corpo é engendrado. E, com ele, um saber.

– John C. Dawsey
Antropologia/USP

SOBRE O AUTOR

Luiz Davi Vieira Gonçalves é Performer, Diretor de Teatro e Antropólogo-Artista. Professor Adjunto da Universidade do Estado do Amazonas-UEA, Professor titular do Programa de Pós Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas – PPGICH, Professor e Vice-Coordenador do Mestrado Profissional em Artes – Prof-Artes UFAM/UEA. Pós-doutorado e Doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal do Amazonas-UFAM, com a pesquisa intitulada: O(s) Corpo(s) kõkamõu: a performatividade do pajé-hekura Yanonami da região de Maturacá. Mestre em História pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás PUC, linha de pesquisa: História Cultural, com a pesquisa: A Teatralidade na Obra de Siron Franco: uma relação entre Teatro, Artes Plásticas e História em Goiás (1988 a 1999). Graduado em Artes Cênicas – Bacharelado e Licenciatura pela Universidade Federal de Goiás. Autor de livros sobre xamanismo, performance art e afeto na prática de rituais.

Atualmente é Líder do Diretório de Pesquisa Tabihuni: Núcleo de Investigações em Teatralidades Contemporâneas e suas Interfaces Pedagógicas-UEA/CNPq. Coordena os Projetos de Extensões: Tabihuni: o Corpo na Arte Contemporânea e suas Interfaces Artísticas e Interculturais (ESAT-UEA) e, Tecendo Diálogos Interculturais (ENS-UEA). Na modalidade participante integra os seguintes Grupos de Pesquisa: Grupo Maracá CNPq/UFAM, Grupo IMAM: Imagem, Mito e Imaginário nas Artes da Cena CNPq/UFG e o Núcleo de Antropologia, Performance e Drama ? NAPEDRA CNPq/USP.

É integrante pesquisador da ABRACE – Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas, coordenando o GT IMAM. É pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Brasil Plural-IBP (UFSC-UFAM) trabalhando com povos indígenas (Yanomami, Kubeu, Baniwa e Tukano) em áreas como Etnologia, Antropologia da Performance, Arte e Xamanismo no Alto Rio Negro no Amazonas. Além das atividades acadêmicas, participa de diversas oficinas de formação, montagens de espetáculos e desenvolve experiências corporais em regiões brasileiras como Amazônia (índios e ribeirinhos) e Goiás (sertanejos, andarilhos e moradores locais).

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