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Título: Sobre homens e negros: masculinidades, estereótipos e subversões
Organizadores: Henrique Restier da Costa Souza & Rolf Malungo Ribeiro de Souza
ISBN: 978-85-8404-556-3
Editoras: Hucitec
Edição: 1. Edição
Data de publicação: 2025
Páginas: 246
Tamanho: 16 cm x 23 cm x 2 cm
Peso: 538g
Coleção Diálogos da Diáspora, v. 27
| Peso | 0,538 kg |
|---|---|
| Dimensões | 16 × 23 × 2 cm |
Foi o trabalho do negro que aqui sustentou por séculos e sem desfalecimento a nobreza e a prosperidade do Brasil: foi com o produto do seu trabalho que tivemos as instituições científicas, letras, artes, comércio, indústria etc., competindo-lhe, portanto, um lugar de destaque, como fator da civilização brasileira. […] Do convívio e colaboração das raças na feitura deste País, procede esse elemento mestiço de todos os matizes, donde essa plêiade ilustre de homens de talento que, no geral, representaram o que há de mais seleto nas afirmações do saber, verdadeiras glórias da nação. Sem nenhum esforço pudemos aqui citar o Visconde de Jequitinhonha, Caetano Lopes de Moura, Eunápio Deiró, a privilegiada família dos Rebouças, Gonçalves Dias, Machado de Assis, Cruz e Souza, José Agostinho, Visconde de Inhomirim, Saldanha Marinho, Padre José Maurício, Tobias Barreto, Lino Coutinho, Francisco Glicério, Natividade Saldanha, José do Patrocínio, José Teófilo de Jesus, Damião Barbosa, Chagas o Cabra, João da Veiga Muricí e muitos outros, só para falar dos mortos.
— Manuel Querino, O colono preto como fator da civilização brasileira.
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“Ser Homem Negro” em nossa sociedade. Afinal, do que se trata quando falamos em masculinidades e relações raciais? Nos últimos anos, os organizadores deste volume, Henrique Restier e Rolf de Souza vêm se dedicando a publicizar a pluralidade de temáticas que abarcam a complexidade dessa pergunta. Nesse sentido, esse livro é um convite acolhedor para uma reflexão profunda sobre as múltiplas experiências e processos que perpassam a constituição das masculinidades negras. Por meio de diversas perspectivas e vozes, os autores exploram as maneiras pelas quais as masculinidades devem ser compreendidas pelas suas intersecções com o racismo, com a classe social e com o espectro das sexualidades. Com contribuições de acadêmicos e outros profissionais de diversas áreas, esta coletânea oferece uma visão diversificada sobre as construções do masculino, desafiando estereótipos, preconceitos e promovendo um diálogo necessário sobre os desafios e as potencialidades das masculinidades negras no Brasil, em toda sua pluralidade.
— Renan Ribeiro Moutinho, Professor do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ), onde atua no ensino médio integrado e graduação em Engenharia de Computação no campus Petrópolis.
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SUMÁRIO
Prefácio, Julio Cesar De Souza Tavares
Apresentação
PARTE I – POLÍTICAS PÚBLICAS
1: É legítimo ações afirmativas para os Homens Negros no mundo do trabalho?, Henrique Restier
2: A experiência dos homens negros no Programa Bolsa Família: uma breve fotografia do município do Rio de Janeiro, Daniel De Souza Campos
PARTE II – PERSONALIDADES
3: Bob Carter e a última canção, Adalberto Neto
4: Letras negras, imagens pretas: contestar o racismo, Alan Augusto Moraes Ribeiro
5: A masculinidade negra em João Cândido Felisberto: primeiros passos…, Álvaro Pereira do Nascimento
PARTE III – SOCIABILIDADES
6: O que eu aprendi sobre masculinidades em um bar de Irajá, Rolf Malungo De Souza
7: Saravá Subúrbio, Philipe Valentim
8: “Tem que ser sujeito homem”: masculinidade, racismo e patriarcado, Renato Noguera
9: Nos meandros da intimidade: não monogamia e heteronormatividade nos afetos de homens negros, Rhuan Fernandes & Andreone Medrado
PARTE IV – SAGRADOS
10: “Os últimos serão os primeiros”: sobre a fé no Jesus dos homens negros, João Marcos Da Silva Bigon
11: “Onde nascem as guerras?”: ensaio de uma epistemologia afro-brasileira sobre raça e masculinidades em uma “época apocalíptica”, Waldemir Rosa
PARTE V – CONTO
12: Durmo no fundo dos seus olhos, Mário Medeiros
PARTE VI – PATERNIDADES
13: Aquilombamento e empoderamento masculino, Humberto Baltar
PARTE VII – ICONOGRAFIAS
14: Uma carta ao professor Abdias, Milsoul Santos
15: Réquiem ao rei e ao pai, Daniel Dos Santos (DanDan)
16: Maxwell Alexandre
17: Emerson Rocha
18: Luang Senegambia Dacach Gueye
19: Antonio Junião
20: Mulambö
21: Thiago Consp
22: Douglas Lopes
23: João Pedro Dutra
24: Vilanismo
PARTE VIII – DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO
25: Reflexões sobre violências para práticas de cuidado das Transmasculinidades Negras que vivem privadas de liberdade no sistema prisional, Leonardo Peçanha
26: A categoria é: bicha preta, Vinícius Santos da Silva Zacarias
27: Pulsações poéticas-políticas-eróticas de uma corpa bixa preta, Ademiel De Sant’anna Junior
PARTE IX – CORPORALIDADES
28: Homens e meninos negros no ballet clássico: um bate-papo sobre raça e masculinidades, Paulo Melgaço Da Silva Junior
29: Corpo: lugar do sentido ou Memórias de um joelho ralado, Douglas Iesus
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SOBRE OS ORGANIZADORES
Henrique Restier, marido de Joyce, pai de Manuela e Ana Flor. É professor do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ) onde atua na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Relações Étnico-raciais (PPRER). Desenvolve pesquisas no campo de estudos de Homens e Masculinidades, Sociologia das Relações Raciais, Ações Afirmativas e Movimentos Sociais Negros. Apaixonado por música afrodiaspórica.
Rolf Malungo de Souza, marido da Cris, pai da Bartira e do Jetro avô da Afeni Amandla, além disso, é antropólogo, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF). Pesquisa Masculinidade Negra, Estudos Urbanos e Relações Raciais.
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SOBRE OS AUTORES
Daniel Campos. Assistente social. Doutor em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor adjunto da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro ESS/UFRJ). Coordenador do grupo de extensão Prevenção da Violência Sexual de ESS.
Adalberto Neto. Formado em jornalismo há 20 anos, Adalberto se aventurou pela dramaturgia em 2019, quando foi contemplado com o Prêmio Shell pelo texto de “Oboró – Masculinidades negras”. Desde então, ele segue envolvido em projetos de literatura, teatro e audiovisual. No período da pandemia, ele se ocupou fazendo vídeos em suas redes sociais sobre questões raciais, ganhou uma quantidade de seguidores relevante e, desde então, também atua nessa área.
Alan Augusto Moraes Ribeiro. Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação, do Instituto de Ciências da Educação, da Universidade Federal do Oeste do Pará (PPGEICED-UFOPA). Pesquisa raça, classe, gênero/masculinidades, sociabilidades, educação escolar quilombola, desempenho escolar, relações étnico raciais para a educação escolar. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas Raça, Educação e Etnicidades na Amazônia (GEREA). Integrante colaborador do Grupo de Estudos e Pesquisas EDGES (USP).
Álvaro Pereira do Nascimento. Professor titular de História da UFRRJ e pesquisador de produtividade do CNPq. É mestre e doutor em História Social do Trabalho pela UNICAMP. Escreveu artigos e livros sobre a Revolta da Chibata, o Jongo da Serrinha, o negro no Pós-Abolição, e a História Social e Econômica de Nova Iguaçu.
Phillipe Valentim. Professor, escritor e cronista. Pai da Luiza Inaê. Idealizador do Rolé Literário
Renato Noguera. Possui formação familiar griot, escritor, dramaturgo, roteirista, doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), atua em pesquisas nas áreas de Filosofia e Educação, coordena o Grupo de Pesquisa froperspectivas, Saberes e Infâncias (AFROSIN) e integra o Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da UFRRJ. Noguera escreveu, dentre outros livros, Por que amamos: o que os mitos e a filosofia têm a dizer sobre o amor, Ensino de Filosofia e a Lei 10639 e O que é o luto: como os mitos e as filosofias entendem a morte e a dor da perda. Atuou como consultor da Novela “Pantanal” (Rede Globo, 2022).
Rhuann Fernandes. Doutorando e mestre em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). É pesquisador visitante na Bloco 4 Foundation, promovendo a construção de espaços de pesquisa sobre ativismo, cidadania e políticas sociais em Moçambique. Além disso, é integrante do grupo de pesquisa interinstitucional Áfricas: Política, Sociedade e Cultura (UERJ-UFRJ) e membro do grupo de pesquisa em Políticas, Afetos e Sexualidades Não Monogâmicas (UFJF). Com pesquisas nas áreas de Sociologia das Emoções, Sociologia da Família e Estudos Africanos, escreveu o livro Casamento tradicional bantu: o lobolo no sul de Moçambique (2020), fruto de monografia duas vezes premiada.
Andreone Medrado. Bióloga (UNIFIEO), psicóloga (USP), mestre em Fisiologia Humana (IB-USP) e doutora em Psicologia (IP-SP). Sua pesquisa investiga as relações entre nojo, desejo, gênero e sexualidade, com foco nas dinâmicas de poder e nos marcadores sociais da diferença. Articula Psicologia Crítica, teorias anticoloniais e estudos de gênero para analisar como o desejo é regulado por discursos normativos. É coautora de Não Monogamia: trânsitos entre raça, gênero & sexualidade (2023) e autora do livro Ensaios Sobre o Colonialismo: higienização, corpos, fé e subjetividades em disputa (2025), ambos pela Editora Telha. É docente, palestrante e escritora, e também fundadora do podcast Devaneios Filosóficos.
João Marcos da Silva Bigon. É cria de Duque de Caxias. Autor do livro Entre a Cruz e a Encruzilhada, pela editora Recriar, professor de História, mestre em Relações Étnico-Raciais e pesquisador nas áreas de Crítica ao Colonialismo, Descolonização, Educação, Masculinidades Negras e Religiosidades. É também produtor de conteúdo digital no Instagram e apreciador de HQs e desenhos dos anos 1990.
Waldemir Rosa. Doutor em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (MN-UFRJ). Atualmente é professor do curso Antropologia – Diversidade Cultural Latino-Americana, na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), concursado para a área de Diáspora
Africana na América Latina e Caribe.
Mário Augusto Medeiros da Silva. Sociólogo de formação e professor da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). É autor de livros e artigos na área de Sociologia. Em 2019 lançou o livro de contos Gosto de Amora pela Editora Malê e foi finalista do Prêmio Jabuti. Publicou em 2020 o segundo volume de contos, Numa esquina do mundo, pela Editora Kapulana, semifinalista do Prêmio Oceanos 2021.
Humberto Baltar. Educador, tradutor, palestrante TEDx, consultor étnico-racial e coautor do livro Seja Homem, publicado pela Editora Conquista. Diante do nascimento do filho Apolo, idealizou o coletivo Pais Pretos Presentes com a esposa, Thainá Baltar, formando uma rede de apoio, acolhimento, letramento racial, discussão e educação parental afroperspectivada para famílias pretas.
Milsoul Santos. É filho do Nordeste de Amaralina, Salvador-BA. É escritor, poeta e roteirista. Tem dois livros publicados (Pássaro Preto, 2017) e (Amor sem miséria, 2019). Atualmente, reside em Salvador, sua terra natal.
Maxwell Alexandre. Nasceu e cresceu na favela da Rocinha (Rio de Janeiro, 1990). De berço evangélico, o artista serviu o Exército e foi patinador de street profissional durante 12 anos. Graduou-se em Design pela Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), no ano de 2016. Em 2018, teve reconhecimento da Arquidiocese do Rio e recebeu o prêmio São Sebastião de Cultura. Em 2020, venceu o prêmio PIPA, foi eleito artista do ano pelo Deutsche Bank, listado como um dos 35 artistas de vanguarda pelo Artsy, e eleito o Homem do Ano na Cultura pela revista GQ Brasil, em 2023. Sua obra integra o acervo de coleções como: Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte de São Paulo, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; Museu de Arte do Rio, Musée d’Art Contemporain de Lyon, Perez Art Museum Miami, Guggenheim Abu Dhabi e Museo Reina Sofia. Maxwell considera suas obras, orações e seu ateliê um templo.
Emerson Rocha. Artista visual contemporâneo afro-brasileiro natural de São Paulo. Seus trabalhos se concentram na exaltação das experiências e do cotidiano da população negra de seu país. Com foco na estética única do povo negro brasileiro e na esperança de um futuro melhor para as próximas gerações, transpassa e transmite vivências únicas e coletivas através de seus trabalhos, que em sua maioria levam azul, branco e dourado. Formado em Arte: História, Crítica e Curadoria pela Pontifícia Universidade de São Paulo.
Luang Senegambia Dacach Gueye. Designer gráfico (PUC-Rio), desde 2014 desenvolve e se envolve com colagens digitais representando Orixás e personagens da cultura afro-brasileira. Empreendedor, lançou uma loja virtual em agosto de 2021 para comercializar suas obras.
Antonio Junião. Diretor de Arte e Projetos da Ponte Jornalismo, site de noticias com foco em direitos humanos, Justiça e segurança pública. É formado em Artes Visuais pela UNESP/Bauru, faz jornalismo ilustrado desde 1994. Colaborou como cartunista e ilustrador para Folha de S.Paulo, Estadão, Veja e Courrier International, entre outros veículos. Cartunista premiado, já ganhou prêmios como o Vladimir Herzog em 2006, e o Prêmio de imprensa de Porto Alegre em 2011.
Mulambö. Nasceu João e cresceu Mulambö na Praia da Vila em Saquarema, Rio de Janeiro. Em seu trabalho, o artista se utiliza de símbolos e materiais do dia a dia em busca de uma refundação das narrativas que cercam as manifestações do povo. O futebol, o carnaval, a sua família e as histórias que construíram o chão onde o artista vive, aparecem em seu trabalho através de pinturas, objetos, bandeiras e instalações que reforçam a ideia de que Mulambö faz arte para afirmar que “não tem museu no mundo como a casa da nossa vó”.
Thiago Consp. Paulistano, grafiteiro desde 1999, ilustrador formado em Design Gráfico. Em 2011 adotou como tema de seu trabalho a cultura afro, abordando-a em diversas mídias em suas características tribais e contemporâneas, usando suas pinturas como ferramenta de questionamento político/racial.
Douglas Lopes. Ilustrador formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Atua no mercado desde 2017, já ilustrou para Forbes, GQ Magazine, Emicida, Grammy, agências de publicidade, entre outras. Em 2021, entrou na lista Under 30 da Forbes na categoria Design e Arquitetura. Ainda em 2021, criou o estúdio Dark Stream e atualmente é por onde trabalha tanto comercial quanto autoralmente.
João Pedro Dutra. Este projeto de antropologia visual retrata um pouco sobre as diversas expressões das Masculinidades Negras, abordando algumas situações socialmente comuns na construção da subjetividade dos homens negros na sociedade brasileira e, ao mesmo tempo, fornece luz à diversidade de ser dos homens negros, esse escopo de identitário tão complexo, invisibilizado e assassinado, tanto nos eixos identitário e subjetivo, quanto de sua agência e importância histórica e social, capturando parte do que é inviabilizado pelo racismo e pelo sexismo. Traz para tela vicissitudes imersas sobre a condição social de Negro.
João Pedro Dutra Henrique da Silva. Homem negro, pai de um menino negro. É fotógrafo profissional, bacharel em Ciências Sociais (ICS/UERJ) e, atualmente, faz mestrado em Ciências Sociais (PPCIS/UERJ). Seu foco de pesquisa se concentra em torno das questões sociais que atravessam os homens negros, e entende a fotografia como um instrumento capaz de transmitir conhecimentos sobre aquilo que é invisibilizado.
Vilanismo. Nós nos juntamos por necessidade de lutarmos juntos, primeiro para não morrer, e segundo por espaço no circuito artístico. Juntos estamos aos poucos voltando a acreditar em nosso antigo sonho de termos dignidade em nossa carreira, e quem sabe vivermos integralmente de arte. Desde 2022 pensamos estratégias de sobrevivência e de impulsionamento de excelências, empregando tecnologias ancestrais para a construção e a manutenção de caminhos possíveis para artistas pretos e/ou favelados. Juntos compartilhamos um conjunto de experiências, aptidões e maestrias, em diversas áreas artísticas e culturais. Unidos, ampliamos nossa capacidade de articulação em rede com instituições culturais, galerias comerciais e atores do circuito de arte e cultura no Brasil — e recentemente, internacionalmente.
Denis Moreira. Artista visual nascido em 1986 natural de São Paulo, Brasil. Formado em Artes Visuais pela Faculdade Metropolitanas Unidas em 2011. Pesquisador autodidata da cultura africana e afro-brasileira desde 2007. O trabalho do artista tem como ponto de partida a cultura afrodescendente como reflexão sobre os meios de reconstrução de identidade. O diálogo de suas obras com a cultura se dá por meio de pesquisas sobre a história dos povos africanos e diásporas por meio de máscaras. Utilizando linguagens como a pinturas, colagem digital e a fotografia, ele propõe uma narrativa visual que coloca o espectador em um espaço de reflexão acerca de assuntos que entrelaçam culturas tradicionais com contemporâneas.
Diego Crux. Quase-artista nascido e criado na borda, em Parada de Taipas, hoje vive no centro. Trampa com artes entre outros por diversos lugares. Neto de Rosa e Esmeraldo, é da cor que lembra a memória. Pesquisa convocações íntimas e pessoais, vivências coletivas, representação, identidade e os limites, incógnitas e contradições nesses cruzos. Imagina e constrói. Questiona e revisa. Usa variados meios em seus processos, como apropriação, fotografia, vídeo, design, samples visuais, palavra. Participou de exposições em São Paulo, Curitiba, Copenhagen (DK) e Acra (GH) e das residências do Pivô (2020) com acompanhamento de Thiago de Paula de Souza e do MAM Rio (2021) com coordenação de Camila Rocha Campos.
Rafa Black. Nascido no Capão Redondo, frequentou o curso de design gráfico na Universidade Mackenzie (2011-2015 bolsista PROUNI), é artista visual que tem como práticas a gravura e pintura. Pesquisa as subjetividades e pluralidades periféricas e afro-brasileiras. Seu trabalho parte do afeto, identidade e pertencimento como meio de representar as relações na periferia. Estuda como os corpos coexistem diante da moda e seus símbolos, e investiga a construção de novas narrativas de masculinidades e paternidades negras.
Ramo. Pesquiso os desdobramentos do verbo Construir, desde os processos identitários e de pertencimento territorial, à criação de espaços rituais que reverberam no imaginário da cultura popular contemporânea.
Renan Teles. Renan Teles, artista visual afro-indígena nascido em São Paulo em 1986, formado pela FMU — Faculdades Metropolitanas Unidas em Desenho Industrial em 2011. Sua pesquisa discute narrativas negras e afroindígenas através da criação de imagens em fotografia e pintura. Em suas obras lida com o potencial relacional e social da prática artística no contexto periférico, abordando temas como ficção e narrativa, erotismo e masculinidade. É criador do projeto Fotografia Popular Brasileira e em 2021 foi indicado ao Prêmio PIPA.
Rodrigo Zaim. Nascido e criado na Zona Norte de São Paulo mais especificamente em Guarulhos no bairro Jardim Renzo/Favela do 12, Rodrigo Zaim, 31, começou a se interessar por fotografia ainda pequeno vendo revistas de skate e surf que seus primos jogavam fora, ele recortava as fotos que mais lhe chamavam atenção e colava nas paredes do seu quarto. Com 17 anos começou a fotografar após um curso básico de fotografia e não parou mais. Zaim é criador do R.U.A Foto Coletivo, Q.VA (Quanto Vale a Arte), é curador no FP – (Festival de Imagens Periféricas), Oficineiro no BORA – Fotografia, Oficinas e Saberes, ministrou oficinas de fotografia para jovens da antiga Ocupação Cambrigde – hoje Residencial Cambridge e vOng Cisart para pessoas em situação de Rua, Arteeducador através da fotografia na Liga Solidária e criador da Elégbára Lamb’s, dedicada a
espalhar painéis de fotos gigantes pelas ruas de São Paulo.
Leonardo Peçanha. Doutorando em Saúde Coletiva (IFF/FIOCRUZ), mestre em Ciências da Atividade Física (PGCAF-UNIVERSO), especialista em Gênero e Sexualidade (IMS/UERJ). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Estudos da Trans-Homocultura (ABETH). Professor de Educação Física, pesquisador no ODARA – Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Cultura, Identidade e Diversidade (IFRJ/CNPq). Coordenador de Políticas LGBTI+ no projeto Feminismo Negro no Esporte. Membro do Grupo de Estudos Mulherismo Africana Sankofa (GEMA). Coordenador de articulação política e advocacy no projeto Luto do Homem. Membro da Liga Transmasculina João W. Nery e do Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros e Negras (FONATRANS). Um dos organizadores e autor do livro Transmasculinidades Negras – Narrativas Plurais em Primeira Pessoa.
Vinicius Santos da Silva Zacarias. Antropólogo, museólogo, gestor cultural e doutor em Estudos Étnicos e Africanos da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professor adjunto de Museologia com Interface em Artes na Escola de Museologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
Ademiel de Sant’Anna Junior. Músico, poeta e psicólogo. Mestre e doutorando em Psicologia Social e Institucional (PPGPSI-UFRGS); pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisas É’Léékò: Agenciamentos Epistêmicos Antirracistas e Descoloniais; especialista em Direitos Humanos Saúde e a Questão Racial (DIHS-ENSP FIOCRUZ).
Paulo Melgaço da Silva Junior. Doutor e pós-doutor em Educação pela UFRJ. Mestre em Educação, Comunicação e Cultura pela Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (UERJ). Graduado em Artes Plásticas pela Fundação Mineira de Arte “Aleijadinho”. Atualmente é vice-diretor da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa (Theatro Municipal do Rio de Janeiro) onde desenvolve pesquisas sobre o corpo negro no ballet clássico. É professor colaborador no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Artes Cênicas (PPGEAC/UNIRIO). É professor de Artes Visuais na educação básica na Secretaria Municipal de Educação (SME) Duque de Caxias. Suas áreas de pesquisa são: escolas e culturas, raça, sexualidades e masculinidades.
Douglas Iesus. Diretor do grupo Fragmento Urbano, artista, pesquisador e educador de dança. Artivista negro da periferia da cidade de São Paulo. Em seu último trabalho como diretor, dirigiu o trabalho “Esquina” que discute as masculinidades negras e periféricas possíveis, com um grupo multigeracional, em um trabalho cênico que envolve música, canto e dança.
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