Neste livro, Marina Fonseca apresenta uma manifestação da organização política dos Terena da Terra Indígena Buriti para efetivar a descolonização, sendo a leitura do livro imprescindível para quem acompanha as retomadas indígena no Brasil. — Stephen G. Baine Em um Brasil marcado por conflitos fundiários e avanço do agronegócio, Retomando o que é nosso!: uma análise das retomadas de terra dos Terena de Buriti, de Marina Fonseca, é uma leitura central.
A autora nos guia por uma trajetória de organização coletiva, explorando as retomadas como uma resposta não apenas necessária, mas vital diante da exploração, da violência estrutural e do colonialismo. O livro apresenta um retrato poderoso da luta indígena contemporânea.
Ao abordar a disputa territorial como elemento central na formação do Brasil, Fonseca nos convida a refletir sobre os processos de resistência de povos indígenas brasileiros. Unindo pesquisa acadêmica e relatos pessoais que abordam questões metodológicas e teóricas da antropologia, a obra de estreia de Marina Fonseca nos convida a olhar para os processos de descolonização ao nosso redor.
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Sumário
O meu muito obrigada
. Os agradecimentos originais
Prefácio
Apresentação
. A pesquisa que deu errado
Introdução
. O campo
. A universidade
. Sobre o território
Capítulo 1: Um panorama da situação (ou como chegamos até aqui)
1.1- América Latina e Brasil
1.2- Mato Grosso do Sul – Boi, soja e bala
Capítulo 2: Caracterização e territorialização da Terra Indígena Buriti
2.1- Caracterização da Terra Indígena Buriti
2.2- A produção acadêmica sobre os Terena
2.3- Os processos de territorialização
Capítulo 3: Retomando a terra
3.1- A reação: mobilização e (re)organização
3.2- O revide: retomando as terras
Considerações finais
Caderno de imagens
Referências
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Sobre a autora
Marina Fonseca é doutoranda em Antropologia Social no Museu Nacional/UFRJ e mestra em Antropologia Social pela Universidade de Brasília. Foi pesquisadora visitante no Center for Experimental Ethnography na University of Pennsylvania entre 2023 e 2024. Integra o Laboratório e Grupo de Estudos em Relações Interétnicas (LaGERI) e o Grupo de Estudos Política e Povos Indígenas nas Américas (POPIAM).
Além de suas atividades acadêmicas, produz e apresenta o podcast Conversas da Kata, dedicado à divulgação do conhecimento.