No contexto da revolução tecnológica inglesa ocorrida na virada do século XVIII para o XIX, a passagem do agrarismo para a sociedade urbana e industrial na Europa foi acompanhada pelo surgimento das primeiras propostas de socialismo nascidas na França por Saint-Simon (1760-1825) e Charles Fourier (1772-1837) e na Grã-Bretanha por Robert Owen (1771-1858), entre outros. Do originário socialismo utópico, preocupado com a conformação da sociedade ideal, emergiu o socialismo científico nas contribuições críticas dos alemães Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895) em defesa da mudança da sociedade pela superação do capitalismo. Do ponto de vista empírico, a história dos acontecimentos que transformaram o mundo foi revelada por vários estudiosos, como o historiador alexandrino Eric Hobsbawm (1917-2012) em sua obra sobre a Era das Revoluções. Sob a denominação de socialismo realmente existente, as experiências nacionais
verificadas ao longo do século XX foram sendo compreendidas como preparatórias de um futuro alternativo ao capitalismo.

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Sumário

Prefácio Marcio Pochmann

Capítulo 1. Qual socialismo? A busca incessante por uma nova utopia

Capítulo 2.O começo do caminho: Da utopia ao “cientificismo”

Capítulo 3.Karl Marx e Friedrich Engels

Capítulo 4.Lenin e a Revolução de Outubro

Capítulo 5.E o Brasil com isso?

Capítulo 6.O golpe civil-militar de 1964

Capítulo 7.Nasce o PT

Capítulo 8.2013: o golpismo se inicia

Capítulo 9.Qual Socialismo?

Capítulo 10.Buscando alternativas

Capítulo 11.O novo mundo do trabalho

Capítulo 12.A via processual e a necessidade da hegemonia política

Capítulo 13.Ecossocialismo, uma vertente

Índice dos personagens dessa história

Referências

Anexo. O socialismo petista 

Crédito das imagens

Sobre o autor

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Sobre o Autor

Alberto Cantalice nasceu em 1964, no início dos anos de chumbo. Formado em Direito e com curso de formação de quadros no Instituto de Estudos Sociais, em Moscou, na antiga União Soviética. Militou no Partido Comunista Brasileiro (PCB) até 1990, e participou representando este, na juventude do MDB, quando da ilegalidade. Participou do movimento estudantil secundarista na cidade de Nova Iguaçu (RJ), de onde é originário, refundando a União Iguaçuana de Estudantes Secundaristas (UIES), extinta pela ditadura, e no movimento associativo urbano no Movimento Amigos de Bairros (MAB) e na Federação das Associações de Moradores do estado do Rio de Janeiro (FAMERJ). Nesse período, no PCB, foi membro das direções de base e intermediárias. Por entender que estava esgotado o ciclo de partidos de quadros descolados da vida cotidiana do povo, entrou no Partido dos Trabalhadores (PT), em 1991. E nele, ocupou a presidência do Diretório Municipal de Nova Iguaçu (RJ) e, por dois mandatos, a presidência do Diretório Regional do Rio de Janeiro.
É membro do Diretório Nacional do PT. Foi secretário de Comunicação e vice-presidente do PT nacional de 2013 a 2020. É, atualmente, diretor de comunicação da Fundação Perseu Abramo (FPA), órgão do Partido dos Trabalhadores (PT) responsável pela formação política e produção de conhecimento. É também, na FPA, um dos coordenadores do Núcleo de Apoio às Políticas Públicas (NAPP) de Segurança Pública, desde 2021.