“A gente precisa lutar de todas as formas”: povos indígenas e o enfrentamento da Covid-19 no Brasil | Daniela Fernandes Alarcon, Ana Lúcia de Moura Pontes, Felipe Sotto Maior Cruz & Ricardo Ventura Santos (orgs.)

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Registrar e refletir sobre as formas de atuação política engendradas pelos povos indígenas no contexto da pandemia de Covid-19 são os principais objetivos deste livro, que reúne pesquisadores e pesquisadoras indígenas e não indígenas das áreas de antropologia, direito e saúde coletiva. Em face das omissões e inadequações da resposta governamental à crise sanitária e da agudização das violações de direitos indígenas sob o atual governo brasileiro, esta coletânea evidencia como o movimento indígena pôs em marcha diferentes estratégias, do chão da aldeia a âmbitos internacionais, não somente realizando denúncias, mas demonstrando também sua capacidade propositiva na formulação de ações e políticas de saúde. Conforme o depoimento de Joziléia Kaingang enfatiza, ”A gente precisa lutar de todas as formas para vencer esse sistema que está aí, a gente não pode admitir de forma alguma que um governo, que uma representação política seja a dona da vida e da morte das pessoas”.

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Precisa-se ou aluga-se: o mapeamento de amas de leite na cidade do Rio de Janeiro na Primeira República | Caroline Gil

O livro que e Caroline Gil nos apresenta é uma viagem para o passado da cidade do Rio de Janeiro, nos primeiros anos do século XX. Como eixo condutor, o conhecimento médico sobre a saúde da criança que então se institucionalizava, é que tinham no combate à mortalidade infantil grande cruzada.

A agenda médica abriu espaço aos estudos sobre alimentação infantil, que caracterizam os trabalhos da autora, e as amas de leite — sua grande contribuição neste livro.

Estas mulheres, e seu trabalho, ganham evidência em uma pesquisa minuciosa nos periódicos e que demonstram, não só, a grande procura e oferta, como seu espraiamento por todo o tecido social, nos bairros centrais e nos subúrbios da cidade. A contratação de amas de leite não era mais uma questão de elite, eram as mulheres trabalhadoras pobres, e às vezes as próprias fábricas onde as mães trabalhavam, que contratavam o serviço.

Conhecer o universo destas amas na cidade no início do século XX e a posição dos médicos com relação ao uso de amas de leite na alimentação infantil é que este livro convida à leitura.

— Gisele Sanglard
Fundação Oswaldo Cruz


 

Precisa-se ou Aluga-se percorre as primeiras décadas do século XX, levando o leitor a conhecer a dinâmica da cidade do Rio de Janeiro, suas práticas sociais, vícios e costumes. Convida-nos a conhecer o cotidiano do homem comum e explora a alimentação infantil sob a ótica da medicina e dos hábitos vigentes na sociedade carioca. Desde meados do século XIX
a mortalidade infantil ganha força entre as preocupações médicas brasileiras, e a criança aparece nesse momento como parte do ideário nacional. os sentidos e significados da formação de políticas públicas em torno da saúde materno-infantil. A perspectiva da história sociocultural abre espaço para compreender a alimentação como expressão da  estrutura de uma sociedade e refletir.


 

Sumário

Apresentação
Introdução

CAPÍTULO 1: Da mãe preta à mulher mercenária a prática do aleitamento materno

CAPÍTULO 2: Mães, nutrizes e mercenárias: a expansão e o perfil das amas de leite na cidade do Rio de Janeiro na
primeira década do século XX

CAPÍTULO 3: O papel de médicos, higienistas e intelectuais na saúde da criança

Conclusão
Referências
Fontes
Bibliografia

Anexo I 
Anexo II 
Anexo III
Anexo IV 
Anexo V 
Anexo VI 
Anexo VII 
Anexo VIII
Anexo IX 
Anexo X 
Anexo XI 

 


Sobre a autora

Caroline Gil é graduada em história pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com mestrado e doutorado em História das Ciências e da Saúde pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/PPGHCS). Publicou História da Alimentação Infantil no Rio de Janeiro (1889-1930): Amas, leites e farinhas pela Edições Verona em 2023.

 

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Corpo e(n)cena: ensaios urgentes | Jean Carlos Gonçalves, Sônia Machado de Azevedo & Renato Ferracini

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Sinopse
Corpo e cena. Corpo que encena. Corpo que precisa respirar, em meio à angústia provocada pelo caos humano, político e ambiental. Como falar em urgências para nossos corpos, para nossa relação com a presença? Os ensaios aqui publicados, alguns mais, outros menos, carregam uma certa desesperança, uma melancolia de futuro que constitui a obra como um todo. É uma presença melancólica que, de certa forma, nos impulsiona a buscar, nos estudos de corpo e(n)cena o quê, nesta relação, nos soa como urgência, como alívio para nossas tensões, como remédio para a alma.
Sobre os organizadores
Jean Carlos Gonçalves

Bacharel e Licenciado em Teatro-Interpretação pela Universidade Regional de Blumenau – FURB, Mestre em Educação – PPGE/FURB e Doutor em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná – PPGE/UFPR. Realizou estágio de Pós-Doutorado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (LAEL/PUCSP), com bolsa PDJ/CNPq (Supervisão: Beth Brait). É Professor Associado da Universidade Federal do Paraná – UFPR, em Curitiba/PR, atuando no quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFPR – Mestrado e Doutorado acadêmicos) – Linha de Pesquisa LICORES Linguagem, Corpo e Estética na Educação, no Programa de Pós-Graduação em Educação: Teoria e Prática de Ensino (PPGE-Tpen/UFPR – Mestrado profissional) e nos cursos de graduação do Setor de Educação Profissional e Tecnológica – SEPT/UFPR.

É líder do Laboratório de estudos em Educação performativa, Linguagem e Teatralidades (ELiTe/UFPR/CNPq), grupo de pesquisa que reúne pesquisadores e colaboradores do Brasil (Paraná, Santa Catarina, Acre, Amazonas e São Paulo) e do exterior (Inglaterra, França, Portugal, Colômbia e Equador). É Sócio Efetivo da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística (ANPOLL – Coordenador do GT Estudos Bakhtinianos – Biênio 2018-2020, Vice-Coordenador do GT Estudos Bakhtinianos – Biênio 2020-2022), Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED – Coordenador do Eixo Educação e Arte ANPED Sul – Biênio 2016-2018) e Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas (ABRACE). Autor do livro Teatro e Universidade: Cena. Pedagogia. [Dialogismo], publicado na Coleção Teatro / Série Pedagogia do Teatro – Hucitec Editora (2019). É diretor, com Beth Brait, da coleção LICORES – Linguagem, Corpo, Estética – Hucitec Editora.

Sônia Machado de Azevedo
Dados pessoais: Possui graduação em Teatro pela Universidade de São Paulo (1972), mestrado em Artes pela Universidade de São Paulo (1989) e doutorado em Artes pela Universidade de São Paulo (2005), com formação em Dança Moderna pela Escola Arte do Movimento ( 1979).
Tem experiência na área de Artes, com ênfase no ensino do teatro, direção teatral, dança e coreografia, dramaturgia, performance e trabalhos de corpo voltados à atuação do ator; professora e intérprete, pesquisa a arte enquanto possibilidade de transformação humana; atuou com consultoria nas várias áreas artísticas, curadoria técnica, teatro na escola, encenação, produção teatral e dança moderna.Tem livros publicados e artigos em livros técnicos e de teoria teatral da Editora Perspectiva e da EDUSP e em revistas ligadas às universidades públicas. É membro do conselho editorial e parecerista da revista Urdimento – da UDESC-SC, da coleção de livros LICORES – Linguagem, Corpo, Estética da Hucitec, da revista Olhares – da ESCH-SP, além de colaboradora da Editora Perspectiva. Dedica-se também à ficção, à dramaturgia e à direção.
Atualmente investiga as artes da presença – processos de criação e recepção – e orienta o NPP – Núcleo de Pesquisa da Presença da ESCH formado por alunos e ex alunos da graduação e o NPAH – Núcleo de Pesquisa em Artes e Humanidades. Professora Titular em Práticas Corporais no Bacharelado, pós graduação e mestrado do Centro de Artes Célia Helena em São Paulo
Renato Ferracini
Dados pessoais: Ator, Pesquisador, Pai, Filho (mas Neto não mais, infelizmente!). Usa Brincos. Rizomático. Crítico. Positivo. Vital. Livre, Solto e Careca. Carrega sempre um pouco de amarelo, sol e noite nos bolsos para distribuir gratuitamente.
Mesmo já dito o mais importante salienta-se que possui graduação em Artes Cênicas pela UNICAMP (1993), mestrado (1998) e doutorado (2004) em Multimeios também pela UNICAMP. É ator-pesquisador e atualmente Coordenador Associado do LUME – Núcleo interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da UNICAMP onde atua teórica/praticamente em todas as linhas de pesquisa do núcleo desde o ano de 1993. É Presidente da ABRACE Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Ates Cênicas para a gestão 2019/2020/2021 e professor com credenciamento permanente e orientador no Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena – IA – UNICAMP. Ministrou disciplinas em programas de pós-graduação – como professor convidado – na USP, UFPB (especialização), FURB (especialização), Escola Superior de Artes Célia Helena, Universidade de Évora (Portugal) e Universidade Nova de Lisboa (Portugal). Possui quatro livros publicados: “A Arte de Não Interpretar como Poesia Corpórea do Ator” (Editora da UNICAMP e FAPESP – 2001), “Café com Queijo: Corpos em Criação” (HUCITEC e FAPESP – 2006), “Corpos em Fuga, Corpos em Arte – ORG” (HUCITEC e FAPESP – 2006) e “Ensaios de Atuação” (Perspectiva e FAPESP – 2013).
Possui artigos publicados nos principais periódicos de teatro. Apresentou espetáculos e ministrou workshops, palestras, debates, masterclasses, demonstrações técnicas e pesquisas de campo sobre suas pesquisas e o trabalho desenvolvido no LUME em muitas cidades do Brasil e em outros 22 diferentes países.

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E-book

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Coleção Novas e Velhas Desigualdades na Era Digital

Coleção Novas e Velhas Desigualdades na Era Digital Hucitec Editora, Fundação Perseu Abramo & Instituto LulaEsta coleção se apresenta como o  resultado de um esforço coletivo de especialistas e gestores…

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Brasil: problemas estruturais e perspectivas de transformação | Marcelo Manzano, Jorge Abrahão de Castro, Maria José Haro Sly & Raul da Silva Ventura Neto (orgs.)

O projeto de país que nós queremos para nossas crianças e nossos jovens demanda a superação das ainda enormes desigualdades e o Conhecimento, sem dúvida, é o caminho. Nenhum país se desenvolveu sem que a Educação fosse alçada a mola propulsora do acesso a melhores condições de vida, com mais trabalho e renda.

A sistematização do esforço coletivo de pessoas dispostas a pensar o Brasil pela perspectiva do enfrentamento desse desafio, que aprofunda o fosso entre as oportunidades, é uma grande contribuição do Instituto Lula na construção de uma nação soberana e justa. Mais ainda na medida em que as tecnologias digitais de informação sinalizam também com a renovação de velhas formas de exclusão, impondo a necessidade de atuação e vigilância constantes.

O Brasil do futuro só virá da nossa luta árdua e cotidiana para que cada avanço, em cada segmento da nossa sociedade, seja uma conquista  e direito de todas e todos. Que a igualdade seja o pressuposto da nossa reflexão e nossa missão. Vamos juntos.

 

Camilo Santana, Ministro da Educação do Brasil


 

O conceito de indústria cultural explicita a experiência da democracia de massa no capitalismo no século 20,
quando havia o controle do transmissor (jornal, rádio, tv e outros) sobre o receptor.

Na atual transição para a Era Digital, as redes sociais assumiram na internet a condição de receptor-emissor, definindo nova idade da indústria cultural e suas conexões no Ocidente entre a desorganização capitalista e o declínio da democracia de massa. Neste contexto histórico determinado que o Instituto Lula constituiu o qualificadíssimo Grupo de Acompanhamento de Temas Estratégicos (GATE) composto por valiosos estudiosos, gestores, pesquisadores e professores de diferentes instituições na tarefa de contribuir para a melhor compreensão da realidade nacional.

A publicação que chega ao grande público leitor expressa parte importantíssima das tarefas do GATE. Uma homenagem ao sofrido povo brasileiro.

 


 

O conceito de indústria cultural explicita a experiência da democracia de massa no capitalismo no século 20, quando havia o controle do transmissor (jornal, rádio, tv e outros) sobre o receptor.

Na atual transição para a Era Digital, as redes sociais assumiram na internet a condição de receptor-emissor, definindo nova idade da indústria cultural e suas conexões no Ocidente entre a desorganização capitalista e o declínio da democracia de massa.

Neste contexto histórico determinado que o Instituto Lula constituiu o qualificadíssimo Grupo de Acompanhamento de Temas Estratégicos (GATE) composto por valiosos estudiosos, gestores, pesquisadores e professores de diferentes instituições na tarefa de contribuir para a melhor compreensão da realidade nacional.

A publicação que chega ao grande público leitor expressa parte importantíssima das tarefas do GATE. Uma homenagem ao sofrido povo brasileiro.


 

Sobre os organizadores

 

Jorge Abrahão de Castro,
é doutor em Economia pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (IE-UNICAMP). Graduado em Estatística pela Universidade de Brasília (UNB) e Analista de Planejamento e Orçamento (APO) aposentado do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Foi membro da Comissão Nacional de População e Desenvolvimento (CNPD), diretor da diretoria de Planejamento e da Diretoria de Temas Sociais da SPI/MPOG e diretor da Diretoria de Estudos Sociais (DISOC) do IPEA. Foi professor e pesquisador associado da UNB e professor da Universidade Católica
de Brasília (UCB). Faz parte do GATE (Grupo de Acompanhamento de Assuntos Estratégicos), do Instituto Lula.

Marcelo Manzano
é economista, doutor em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (IEUNICAMP). Professor de Economia do Trabalho e de Economia Brasileira na mesma instituição e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (CESIT-IE-UNICAMP). Foi
coordenador de pós-graduação da FLACSO-Brasil e consultor da OIT e do PNUD, tratando dos temas da informalidade, da precariedade laboral e da análise de políticas públicas.

María José Haro Sly
é formada em Sociologia e Ciência Política pela Universidade Federal para a Integração da América Latina (UNILA, Brasil), mestre em Relações Internacionais pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC, Brasil) e mestre em Ciência Política pela a Escola da Rota da Seda da Universidade Renmin, China. Doutoranda em Sociologia pela Universidade Johns Hopkins, EUA, trabalhou no Governo de Tucumán e no Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação da Argentina. É correspondente nos Estados Unidos da Agência de Notícias Telam. Realizou consultorias para
o BID e CONICET. Faz parte do GATE (Grupo de Acompanhamento de Assuntos Estratégicos) do Instituto Lula.

Raul Ventura Neto
é doutor em Desenvolvimento Econômico pelo IE-UNICAMP na linha de economia regional e urbana. Mestre e bacharel em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Pará (UFPA). É professor adjunto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPA e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e
Urbanismo da e do Programa de Pós-Graduação de Economia da UFPA. Integra os Grupos de Pesquisa Cidades na Amazônia da FAU-UFPA e Dinâmica Agrária e Desenvolvimento Sustentável na Amazônia do Núcleo de Altos Estudos na Amazônia.

 


 

Sumário

Prefácio, Luiz Inácio Lula da Silva

Apresentação, os organizadores

Capítulo 1. Relações internacionais e soberania nacional: uma política externa ativa e transformadora, Adhemar Mineiro, María José Haro Sly, Luciana Ballestrin

Capítulo 2. Estrutura produtiva e transição ecológica, Beatrice Fontenelle-Weber, Emílio Chernavsky, Marcelo Manzano,
Matias Cardomingo

Capítulo 3. Mercado de trabalho no Brasil: velhos e novos problemas, imensos desafios, Regina Camargos, Bárbara Vásquez, Flávia Vinhaes, Pietro Borsari

Capítulo 4. Proteção social no Brasil: avanços, limites e possibilidades, Ana Luíza Matos de Oliveira, Ana Paula Guidolin, Jorge Abrahão de Castro

Capítulo 5. O Estado híbrido como a forma contemporânea do Estado de exceção, Cláudio Penteado, Francisco Fonseca, Greiner Costa, Helga de Almeida, Rosemary Segurado

Capítulo 6. Cidades na retomada de um projeto de desenvolvimento: alguns pontos para inclusão e reflexão Nilce Aravecchia-Botas, Raul da Silva Ventura Neto, Bruno Lima

As autoras e os autores

 

 


 

APRESENTAÇÃO GERAL DA COLEÇÃO

Este livro que aqui se apresenta é resultado de um esforço coletivo de especialistas e gestores que associam experiência, profissionalismo e vontade de inovação. Resulta da busca do instituto Lula em mais uma vez reunir profissionais de excelência para pensar a sociedade brasileira nos seus mais diversos aspectos, provocar e propor soluções para políticas públicas e sociais.

Entre os anos de 2020 e 2023, a Diretoria do Instituto Lula, composta por Marcio Pochmann, Moises Selerges, Thamires Sampaio, Paulo Okamotto e Juvândia Moreira, se propôs a realizar estudos, ampliar o debate e buscar estratégias de modernização da sua visão de mundo. Alicerçado nessa missão, surgiram projetos de formação de quadros, seminários com participação social, articulação com as universidades, grupos de escutas com especialistas e editais de trabalho para pesquisadores.

Esse volume de conversas, reuniões, estudos, pesquisas e relatórios agora se convertem numa série de livros que tem como objetivo ajudar a pensar o Brasil do futuro. Muito do que foi feito teve a perspectiva de apresentar novas abordagens para temas que insistem em manter-se na agenda social, política e econômica do Brasil. Para isso, a proposta do Instituto Lula em tratar temas já bastante desgastados que permanecem irresolutos foi propor uma discussão de longo prazo, para vinte anos, ou mais. Não pensar no imediato, mas pensar no longo prazo. Sintoma do nosso atraso enquanto sociedade é que estamos sempre correndo atrás do emergencial, de que tudo é urgente e que tudo deve ser resolvido agora.

Como tentar colocar toda água do reservatório dentro do cano de saída de uma única vez. É preciso, para ter bons resultados, controlar o fluxo, organizar o estoque, pensar no longo prazo e nos gargalos. A coleção que aqui se apresenta e da qual faz parte esse volume tem esse proposito: pensar o Brasil, reconhecer seus problemas urgentes, mas dar tempo ao tempo, controlar a ansiedade de fazer tudo de uma vez e evitar o erro de supor que tudo é urgente, porque, seguindo a máxima do ditado popular: se tudo é urgente, nada é prioritário.

Sabemos que ao definir prioridades, selecionamos a sequencia de tarefas, e que obviamente a cada escolha há muitas renuncias. O Instituto Lula insistiu na necessidade de que essas escolhas e preferencias se fizessem entre os especialistas,
professores, lideranças de movimentos sociais, pesquisadores e os participantes anônimos que nos acompanharam, porque isso faz parte do exercício da liderança.

Provocar reações, buscar respostas para tomar as melhores decisões é o papel de uma instituição como o Instituto Lula, subsidiar lideranças com diagnósticos e propostas para que a sociedade brasileira tenha opções de pensamento de longo prazo. Para nós, a doença do ‘curtoprazismo’ precisa ser combatida. Um segundo eixo de trabalho adotado e que vai ficar evidente nas leituras da presente coleção em que essa apresentação perpassa é o fato de considerarmos as mudanças para uma nova Era Digital. Consideramos que a transição da sociedade industrial, que concentrava empregos, riquezas e inovação na área da indústria tem dado sinais de esgotamento e que desponta, como substituição a isso, um período de mudanças associadas a informatização dos serviços e incorporando iniciativas de inteligência artificial que chamaremos de Era Digital.

Como as plataformas de serviços digitais, o incremento do celular, toda a economia em torno do mundo da internet, dos sites e aplicativos foi capaz de fazer uma verdadeira revolução na forma com que nos comunicamos, na forma com que transmitimos informações e também nas formas de organização e circulação de pessoas e produtos? Ter um mapa às mãos com geolocalização em tempo real mudou a logística dos transportes. Assim como ter o aplicativo do banco tirou  muitos empregos do caixa. Os totens em lojas de fast food dispensam funcionários e transformam o atendimento, assim como organizar os semáforos com inteligência artificial que monitora o transito aperfeiçoa os fluxos nas cidades. Todas essas transformações e acelerações apresentam desafios às políticas públicas, aos governos e a própria sociedade civil. Discutir em parte esses impactos tomou conta de alguns dos projetos que cercaram o Instituto Lula esses anos.

Boa leitura! Contem conosco,

Marcio Pochmann &
Luís Fernando Vitagliano

 


 

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Novas e Velhas Desigualdades na Era Digital

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