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Título: Terra e trabalho na “crise” do corredor cafeeiro: projetos senhoriais, crimes cotidianos e contratos de trabalho entre o final da escravidão e o pós-abolição (Vale do Paraíba Fluminense, 1878-1916)
Autor: Felipe de Melo Alvarenga
ISBN: 9788584045471
Editoras: Hucitec & ABPHE
Edição: 1. Edição
Data de publicação: 2025
Páginas: 414
Tamanho: 16 cm x 23 cm x 2 cm
Peso: 600g
Peso | 0,600 kg |
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Dimensões | 16 × 23 × 2 cm |
Vencedor da 5.ª edição do Prêmio Dissertação e Tese
promovido pela Associação Brasileira de Pesquisadores em História
Econômica (ABPHE), 2023-2024, na categoria “Tese”,
defendida no Programa de Pós-Graduação em História
da Universidade Federal Fluminense (UFF).
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Terra e trabalho são dois dos principais problemas historiográficos discutidos com maestria e criatividade neste livro e que conectam o final da escravidão e o imediato pós-abolição. Felipe Alvarenga, a partir de minuciosas, instigantes e inovadoras abordagens, baseado em variada e densa documentação, correlaciona esses dois elementos e revisita a “crise” e a “transição do trabalho escravo para o livre” no Corredor Cafeeiro do Vale do Paraíba Fluminense (Barra do Piraí, Piraí, Valença e Vassouras).
O livro possui sólidas abordagens teóricometodológicas com análises quantitativas e qualitativas. Felipe Alvarenga discute, dentre outros aspectos, as estratégias e experiências estabelecidas entre senhores, patrões e trabalhadores – estes últimos de diversos estatutos jurídicos como escravizados, libertos e livres – na “gestação do mercado de trabalho”, que permitem um entendimento muito preciso sobre solidariedades, conflitos, relações de trabalho e direitos estabelecidos entre esses sujeitos.
Os “projetos senhoriais” e as perspectivas dos senhores geraram diversos conflitos nas tentativas de exploração do trabalho entre os anos de 1878 e 1916,
com trabalhadores que constituíram múltiplas experiências. O autor aborda e analisa conjunturas distintas da nossa história, demonstrando os embates entre os direitos de propriedade, os acordos estabelecidos, os conflitos e as transformações sociais e materiais dos trabalhadores.
O livro, por diversos motivos, é uma contribuição historiográfica incontornável para os pesquisadores que se interessam em compreender um pouco mais sobre continuidades e descontinuidades nos “mundos do trabalho”.
— Jonis Freire, Instituto de História – UFF
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Esta pesquisa representa uma contribuição crítica significativa aos estudos sobre a “transição do trabalho escravo para o livre” no Brasil, particularmente no contexto do Vale do Paraíba Fluminense. O trabalho se distingue pela abordagem metodológica rigorosa que combina análise serial e qualitativa de fontes primárias, permitindo uma compreensão multifacetada do processo histórico em questão.
A delimitação temporal e espacial demonstra precisão analítica ao focar no período entre 1878 e 1916, marcos que correspondem respectivamente ao Congresso Agrícola do Rio de Janeiro e à aprovação do primeiro Código Civil brasileiro. O recorte geográfico do Corredor Cafeeiro oferece uma amostra representativa das transformações ocorridas na região cafeeira fluminense.
A estrutura argumentativa revela maturidade teórica ao confrontar os projetos senhoriais idealizados, expressos nos testamentos, com a realidade dos conflitos sociais
documentados nos processos criminais e cíveis. Esta perspectiva permite compreender as tensões entre as expectativas da classe proprietária e as estratégias de
resistência e negociação dos trabalhadores rurais no período pós-abolição.
O estudo contribui para o avanço historiográfico ao analisar as diversas modalidades contratuais experimentadas no período e os conflitos em torno dos direitos de propriedade, oferecendo uma visão nuançada das relações sociais de trabalho no contexto de transformação do sistema produtivo cafeeiro.
— Maria Helena P. T. Machado, Professora Titular, Departamento de História da USP
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SUMÁRIO
PREFÁCIO, María Verónica Secreto
INTRODUÇÃO
PARTE I: O MERCADO DE TRABALHO IDEALIZADO E O MERCADO DE TRABALHO IMPLODIDO NO CORREDOR CAFEEIRO (1878-1888)
Introdução à Parte I
CAPÍTULO 1: Projetos senhoriais e as “últimas vontades”: o controle do capital, da terra e do trabalho nas disposições testamentárias (1878-1888)
1. O Congresso Agrícola de 1878: a “reunião senhorial” dos fazendeiros do Sudeste
2. As derradeiras vontades testamentárias
3. Conhecendo os testadores, seus testamenteiros e os herdeiros
4. Projetos monetários: distribuindo alguns bens e preservando vultosos capitais
5. Projetos fundiários: usufruto, propriedade e acesso às terras e animais
6. Projetos escravistas: a liberdade testamentária e a permanência da exploração do trabalho
7. Conclusão
CAPÍTULO 2: Crimes cotidianos e rixas violentas: a implosão dos projetos senhoriais nas fazendas de café saqueadas (1878-1888)
1. Crimes e criminalidade no Corredor Cafeeiro.
2. Crimes contra à propriedade: apropriando-se do que se cria, vendendo o que se convém.
2.1. A propriedade que se movimenta: o furto e o roubo de animais nos pastos
2.2. A propriedade cobiçada: vendendo cafés furtados, situações e colheitas apropriadas
3. Crimes “de sangue”: castigar, resistir, bordoar e se matar
3.1. Castigos físicos, disciplina no trabalho e resistência escrava
3.2. Rixas entre trabalhadores nacionais e imigrantes: disputas violentas entre camaradas
4. Conclusão à Parte I
Parte II: O MERCADO DE TRABALHO CAMPONÊS EXPERIMENTADO NO CORREDOR CAFEEIRO (1888-1916)
Introdução à Parte II
CAPÍTULO 3: Contratos de trabalho no mundo rural: transformações cotidianas e categorias sociais no pós-abolição fluminense (1888-1916)
1. Entre contratos e categorias de trabalho
2. Como eram tecidos os contratos de trabalho no pós-abolição?
3. Termos, cláusulas e exigências: o que se ajustava nos contratos?
4. Dinâmicas contratuais e lutas sociais: rescisão expropriatória e reação dos camponeses
5. Os pequenos trabalhadores agrícolas: a exploração do trabalho infantil nas lavouras
6. Conclusão
CAPÍTULO 4: A renda da terra no pós-abolição: expropriações cotidianas e a luta pelas benfeitorias na propriedade cafeeira (1888-1916)
1. O trabalho produtivo acumulado nas fazendas: benfeitorias, colheitas e a renda da terra
2. Aforamentos, aquisições de bens e proprietários práticos na Primeira República
3. Apropriação da natureza e dos seus recursos: a disputa pelas benfeitorias “naturais”
4. Desconstrução definitiva dos direitos de propriedade e a migração do campesinato negro5. Conclusão à Parte II
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANEXOS
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SOBRE O AUTOR
FELIPE DE MELO ALVARENGA é professor do Departamento de Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (DDAS) do Instituto de Ciências Humanas e Sociais
(ICHS) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). É bacharel e licenciado em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em História Social pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
CNPJ: 12.453.535/0001-05
R. Dona Inácia Uchoa, 209 – Vila Mariana
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