O teatro do sentenciado de Abdias Nascimento: classe e raça na modernização do teatro brasileiro | Viviane Narvaes

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Descrição

Título: O teatro do sentenciado de Abdias Nascimento: classe e raça na modernização do teatro brasileiro
Autora: Viviane Narvaes
ISBN: 9788584044368
Editora: Hucitec
Edição: 1. Edição
Data de publicação: 2015
Páginas: 340
Tamanho: 14cm x 21 cm x 1,5 cm
Peso: 420g
Coleção Teatro, 133
Série Livres, 1

 

 

Informação adicional

Peso 0,520 kg
Dimensões 14 × 21 × 1 cm

As experiências negras de lutas por direitos, no século XX, são todas notáveis e dignas de admiração. Tratam-se de homens negros e mulheres negras que, na maioria das vezes, podendo contar tão somente consigo mesmos, com suas associações recreativas, comunidades religiosas, organizações políticas entre outros projetos, fabularam dias melhores para si, para os seus e para a sociedade ampla, visando conquistar e/ou ampliar direitos civis, sociais e políticos, tendo a luta antirracista como mote e a dignidade vital como ponto de partida. Graças àqueles sujeitos, organizados coletivamente, sobre os quais muitas vezes pouco ou nada sabemos, considerando a prática social do esquecimento racista que vigora no Brasil, chegamos até aqui. A história da cidadania brasileira não pode ser contada corretamente sem as experiências sociais deles e delas que procuraram construí-la, ampliá-la e mesmo ultrapassá-la, naquilo que ela ainda é insuficiente.

Mas as formas históricas de luta são várias. Dentre elas, a arena da cultura foi um dos lugares em que a população negra logrou ocupar espaço e, nela, conferir sentidos distintos aos dos estereótipos racistas, classistas, sexistas que associam pessoas negras e pobres, à sua inferiorização. O trabalho de Viviane Narvaes recupera um dos capítulos mais importantes dessa história no século XX, a criação do Teatro do Sentenciado, por Abdias Nascimento. Condenado à revelia em 1941 e um encarcerado em 1943, Abdias procura organizar na Penitenciária do Estado de SP sujeitos na mesma condição que a sua, presos por crimes diversos, mas com enorme potencial para enfrentar a sua própria condição humana, indo além do que as condições imediatas impunham. Essa história insere o projeto de Nascimento em outros momentos notáveis da história do teatro internacional e projetos com pessoas encarceradas.

Mas também é um ponto de partida formidável para a história teatral brasileira: o Teatro do Sentenciado será o primeiro passo para criação, anos depois, do Teatro Experimental do Negro (RJ, TEN, 1944-1968) e do Teatro Experimental do Negro de São Paulo (TENSP, 1945-1966), coordenados por Nascimento e Geraldo Campos de Oliveira, respectivamente. Sendo o mais conhecido o TEN, eles constroem uma linhagem da história do teatro negro no Brasil da metade do século XX, que permite chegar até as companhias teatrais negras de nosso tempo, mantenedoras de aspectos semelhantes dos projetos dos anos 1940: negros em cena, como personagens, com sua autoria, atores, atrizes, hábeis dramaturgistas, cenografistas etc., ocupando todo o palco de forma digna, altiva e com a complexidade da condição humana. Narvaes repõe com seus trabalhos nexos perdidos numa linhagem lacunar, permitindo que as experiências negras do tempo presente não esqueçam dos projetos do passado, dos passos dados até aqui, de forma crítica e insubmissa, até a ribalta.

— Mário Augusto Medeiros da Silva, Livre-docente – Departamento de Sociologia / UNICAMP

 

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Sumário

Prefácio
Apresentação
Introdução
I. O Teatro do Sentenciado
II. As peças do Teatro do Sentenciado
III. Teatro e Prisão
IV. O mundo sub(terrâneo) da prisão
Considerações finais
Referências

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SOBRE A AUTORA

Viviane Narvaes é professora associada do Departamento de Ensino de Teatro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO, local onde desenvolveu seus estudos até o mestrado e leciona desde 2009. É doutora em Artes Cênicas pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECAUSP). Atualmente, coordena o Programa de Pós-Graduação em Ensino das Artes Cênicas –
PPGEAC/UNIRIO e o Grupo de Pesquisa Interinstitucional- Observatório de Práticas Artísticas no Cárcere e em Espaços de Privação de Liberdade UNIRIO/UDESC, que congrega pesquisadores do Brasil e do exterior. Coordena também, na UNIRIO, o Programa de Extensão Cultura na Prisão, atuando tanto em Unidades Prisionais, quanto em Centros de Medida Socioeducativa.

 

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