+ Conheça a Coleção Terapia Ocupacional e Interfaces: Tradições e Inovações

Caro (a) leitor (a),
Pretendo, com esse escrito breve, contextualizar o que vem nesta obra e, ao mesmo tempo, convidá-lo (a) para vasculharmos juntos as “germinações invisíveis” ao longo de toda a sua produção. Portanto, nesse sentido, fiz um recorte temático pouco convencional para um prefácio, à medida que não me detenho precisamente no conteúdo do livro, mas nos processos, não raras vezes invisíveis nas obras, intrínsecos à relação de “orientação” entre Isabella e eu Trata-se de um trabalho grandioso e de um texto sensível e justo, amparado no pequeno, no mínimo e no imperceptível do cotidiano do trabalho em saúde. Diz, portanto, a respeito das relações e dos seus desdobramentos e efeitos para além dos cenários onde se desenrolam. Diz a respeito das vidas que não se dizem…
A formação em pesquisa demanda composições, diálogos, compartilhamentos e, sobretudo, processos criativos inspirados em experiências, ideias, obras e também nos movimentos coletivos, nas políticas públicas e nas redes de atenção psicossocial (RAPS). Colaborações, parcerias e arranjos fazem parte de uma cultura acadêmica desejável, necessária e salutar. Mas existe uma relação de convivência preciosa – a de orientação – que, quando aparece nas publicações, é no item “agradecimento” de uma dissertação, tese ou livro. Isabella e eu entendemos que é um modo ou uma estratégia de valorização do trabalho acadêmico dar a ver, chamar a atenção para o que está por detrás, ou para o que acontece nos “bastidores”, ao longo de processo de produção de pensamento e ação no contexto dos programas de pós-graduação. Trata-se de uma relação pontual, inquietante, viva e especial que almeja permanentemente instigar reflexões e iniciativas a favor dos bons encontros, ainda que, vez ou outra, estejamos em condição de tensão, de vazio, de silêncio, de recolhimento, de caos… Porque nem tudo são flores… E as dificuldades pessoais e profissionais, assim como as encruzilhadas inusitadas com as quais nos deparamos, são efetivamente momentos necessários e decisivos que podem proporcionar intensidades, profundidades, correspondências e transformações na laboração do pensamento e da escrita.

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Sumário

Prefácio
Yara Maria de Carvalho

Capítulo 1 – Carta a Conceição Evaristo

Capítulo 2 – As sutilezas da escrita

Capítulo 3 – Modos meus de existir

Capítulo 4 – O tempo da experiência

Capítulo 5- Encontros e cuidados: as infinitas possibilidades e as mínimas existências

Capítulo 6 – Assum-preto
Capítulo 6.1 – Gesto I

Capítulo 7 – Quero-quero
Capítulo 7.1 – Gesto II

Capítulo 8 – João-de-barro
Capítulo 8.1 – Gesto III

Capítulo 9 – Bem-te-vi
Capítulo 9.1 – Gesto IV

Capítulo 10 – Cuidado e existências…
Capítulo 10.1 – Gesto V

Capítulo 11 – Post-scriptum

Capítulo 11.1 – Referências

Capítulo 12 – Posfácios

Capítulo 13 – Experimentando um posfácio…
Sabrina Ferigato

Capítulo 14 – Cuidados com existências mínimas pela afirmação de vidas-pássaros
Alexandre de Oliveira Henz

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Sobre as autoras

Isabella Silva de Almeida é Terapeuta Ocupacional, doutora em Ciências da Saúde, pela Faculdade de
Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Trabalhadora do SUS (2005- 2019). Atualmente atua na área de
docência e pesquisa em Saúde Coletiva/ Saúde Mental.

Yara Maria de Carvalho Isabella Silva de Almeida é Terapeuta Ocupacional, doutora em Ciências da Saúde, pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Trabalhadora do SUS (2005-2019). Atualmente atua na área de docência e pesquisa em Saúde Coletiva/ Saúde Mental. é professora da Universidade de São Paulo e coordenadora do Grupo Corpus Laboratório de Pedagogia do Movimento.