A paixão do acesso: uma etnografia das ferramentas digitais e da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça | Sara Regina Munhoz

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Descrição

Título: A paixão do acesso, uma etnografia das ferramentas digitais e da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça
Autora: Sara Regina Munhoz
ISBN: 9788584044450
Editora: Hucitec
Edição: 1. Edição
Data de publicação: 2024
Páginas: 366
Tamanho: 14 cm x 21 cm x c cm
Peso: 695g
Coleção Antropologia Hoje

Informação adicional

Peso 0,695 kg
Dimensões 14 × 21 × 2 cm

Este é um texto sobre a Justiça brasileira e também sobre afetos, sujeições, acessos, dispositivos do discurso, leis, decisões e máquinas. Um inspirador e original exemplo do que Bruno Latour chamou de Antropologia simétrica. Sara Munhoz compôs uma etnografia primorosa e profunda que mostra a trajetória do desenvolvimento dos sistemas algorítmicos indispensáveis para a organização judiciária.

Sua descrição nos mostra como os mediadores sociotécnicos acabam colonizando o sistema de justiça não só pelas disciplinas, como já havia alertado Michel Foucault, mas pelas máquinas digitais cada vez mais autômatas e suas complexas infraestruturas. A agilidade e a urgência da intensa digitalização e conversão do conjunto de fluxos interativos do Judiciário em dados não parecem ser evitáveis, muito menos socialmente pretendidos. Com delicadeza, Sara Munhoz nos conduziu pelos caminhos de uma servidão maquínica que definirá o regime do visível que é constitutivo da Justiça.

O que não for acessado pelo sistema, nem visualizado nas telas e interfaces dos dispositivos digitais praticamente poderá ser declarado inexistente. O mais curioso é que a performatividade algorítmica vai se impondo e a vetorialização dos enunciados jurídicos se tornam o meio de armazenamento e acesso a partir das redes neurais artificiais. Assim, as próprias decisões do Judiciário só se tornam acessíveis e visíveis até para as ministras e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por meio das mediações sociotécnicas que Sara Munhoz acompanhou e aqui nos apresenta. Uma leitura fundamental.

— Sérgio Amadeu da Silveira (UFABC)

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A Paixão do Acesso é um livro dedicado à relação cada vez mais imbricada entre enunciação do direito, ferramentas digitais e apelos democráticos. Trata-se de uma etnografia sobre a feitura da jurisprudência de um dos tribunais mais importantes do país e sobre as ambições perenes de que ela se consolide como uma interpretação suficientemente persuasiva a respeito do que diz a lei em todo o território nacional.

Em um primeiro momento, são descritas as barreiras processuais e administrativas que permitem ao STJ se afirmar como um Tribunal a um só tempo superior e ‘cidadão’, afastando de seu campo de visualização todos os excessos e vicissitudes do ‘mundo dos fatos’ para lidar exclusivamente com teses jurídicas. A seguir, a etnografia se desloca para longe dos gabinetes e examina como analistas humanos e aplicativos computacionais se encarregam de cotejar e compartimentalizar as decisões ministeriais, gerar hyperlinks, confeccionar Espelhos e Produtos que só então podem ser disponibilizados como a jurisprudência do STJ aos usuários de sua ferramenta de busca online.

O livro discute como a garantia de uma justiça segura e democrática está cada vez mais relacionada ao acesso digitalmente mediado a volumosos conjuntos de dados em constante atualização. Ao privilegiar os circuitos burocráticos e as sínteses digitais ulteriores aos julgamentos, A Paixão do Acesso expande o alcance da bibliografia que se dedica à fabricação técnica do direito, incluindo agora sua vinculação profunda com a informática, sem a qual os tribunais já não podem mais julgar.

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SUMÁRIO

Prefácio, Pedro P. Ferreira

Apresentação, Jorge Mattar Villela

Introdução

Capítulo 1 – Itinerários

Capítulo 2 – Para dizer famílias

Capítulo 3 – Depois da sentença

Capítulo 4 – Espelhos e Produtos

Capítulo 5 – Linguagem-Comando

Considerações finais

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Sobre a autora

SARA REGINA MUNHOZ é mestra e doutora pelo Programa de Pós- Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de São Carlos. Pesquisadora associada ao Hybris – Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Relações de Poder, Conflitos, Socialidades, ao Núcleo de Antropologia da Política (NuAP) e ao Grupo de Estudos Interdisciplinares em Ciência e Tecnologia (GEICT). Tem desenvolvido pesquisas relacionadas ao Estado e ao direito a partir de diferentes entradas etnográficas, mas sempre tomando os documentos como opção metodológica privilegiada. Autora de O Governo dos Meninos: Liberdade Tutelada e Medidas Socieducativas (EDUFSCar, 2017) e coorganizadora do dossiê “Big Data: Modos de Fazer, Comparar e Governar” (Revista Mana, 2024).

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