Vencedor 4.ª edição do Prêmio Dissertação e Tese
promovido pela Associação Brasileira de Pesquisadores em História
Econômica (ABPHE), 2020-2022, na categoria “Tese”,
defendida no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade
do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).
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História, economia e relações internacionais se conectam neste inovador livro. Seu foco está nos usos de instrumentos financeiros pelo Império do Brasil para impor e garantir o projeto geopolítico conservador na metade do século XIX. Ao apresentar os tipos de empréstimos, as redes oficiais e secretas de financiamento e as estratégias para cobrar pagamentos, Talita Alves de Messias supera visões dicotômicas sobre a diplomacia imperial e sobre a atuação do barão de Mauá, demonstrando os interesses e os riscos assumidos pelos diferentes atores regionais ao
longo do processo. Sua inovadora tese, vencedora do prêmio de melhor tese de doutorado pela Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica, agora revista e transformada em livro, é um belo exemplo de articulação entre diferentes áreas do saber para a ampliação do conhecimento histórico.
— Gabriel Passetti, Professor de História das Relações Internacionais na Universidade Federal Fluminense (UFF) e coordenador do Laboratório de História da Política Internacional Sul-americana (LAHPIS)
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
Capítulo 1: SI VIS PACEN, PARA BELLUM: PREPARANDO-SE PARA A GUERRA
– A Guerra Grande uruguaia: o emaranhado de alianças e complicações no Rio da Prata
– Intervenção europeia na Guerra Grande
– Americanismo e a intensificação das negociações com o Brasil
– Início da intervenção brasileira: fornecimento de armas e materiais de guerra
– De devedor a credor: por que o Brasil se tornou uma opção financeira?
Capítulo 2: PECADO ORIGINAL: O CICLO DE DEPENDÊNCIA DA DÍVIDA
– Operações encobertas: os contratos de 1850 com o Uruguai
– Da expectativa ao ataque: os empréstimos para derrubar Juan Manuel de Rosas em 1851
– A dívida como instrumento de poder: os tratados e a Convenção de Subsídios de 12 de outubro de 1851
Capítulo 3: ESTADOS E BANQUEIROS: ENTRELAÇAMENTO DE INTERESSES
– O Brasil por trás dos financistas: os empréstimos privados de Mauá e Buschenthal no Uruguai
– Interesses entrelaçados: novos empréstimos ao Uruguai em 1854
– Do outro lado do Prata: o reconhecimento da dívida de Entre Rios e Corrientes pela confederação e as intermediações de José de Buschenthal
– O que esperar do Brasil? O empréstimo em 1857 à Confederação Argentina e em 1858 ao Uruguai
– A expansão bancária de Mauá na região do Rio da Prata: banqueiro do império?
Capítulo 4: NOVA GUERRA, NOVOS EMPRÉSTIMOS: OS EMPRÉSTIMOS DA GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA CONTRA O PARAGUAI
– A década de 1860 e a Guerra da Tríplice Aliança: a diplomacia do canhão
– República argentina: empréstimos de adiantamento
– Uruguai: mesma história em novo contexto
– Epílogo: alguns dados sobre o pagamento dos empréstimos brasileiros
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
– Apêndice A – A diplomacia do patacão no Uruguai
– Apêndice B – A diplomacia do patacão na Argentina
– Apêndice C – Participações de Irineu Evangelista de Souza na diplomacia do patacão
– Anexo A – Empréstimos do Brasil à república oriental do Uruguai entre 1850 e 1861
– Anexo B – Empréstimos do Brasil à confederação argentina entre 1851 e 1858
– Anexo C – Subsídios pagos pelo brasil à república oriental do Uruguai em 1854
– Anexo D – Juros calculados em 1864 para pagamento ao Brasil pelo empréstimo de 1851 às províncias de entre rios e corrientes
– Anexo E – Amortizações calculadas em 1864 para pagamento ao Brasil pelo empréstimo de 1851 às províncias de entre rios e corrientes e de
1857 à confederação argentina
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SOBRE A AUTORA
Talita Alves de Messias é graduada em Economia na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), com mestrado em Economia Política Internacional Realizou doutorado sanduíche no Instituto Ravignani na Universidad de Buenos Aires (UBA). Atualmente realiza seu pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos na Universidade Federal Fluminense (UFF) e é pesquisadora integrante do Laboratório de História da Política Internacional Sul-americana (LAHPIS-UFF). História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) e doutorado em pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).