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Sinopse
Este livro é leitura imprescindível para quem busca entender e superar os efeitos do racismo institucional na saúde mental. Ancorado na articulação entre a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e a Política Nacional de Saúde Mental, Emiliano de Camargo David toma raça como um determinante social da saúde e propõe a “aquilombação” como ferramenta teórica para expandir o debate e fazer frente aos marcadores raciais que ampliam as iniquidades seculares e contemporâneas no cuidado à saúde mental. Para ele, o “aquilombamento” coloca o racismo no centro do debate público e permite avançarmos no processo de inclusão da temática racial nas políticas e, consequentemente, nos serviços de saúde mental, indicando um caminho assertivo para a construção de estratégias para o seu enfrentamento.
— Luis Eduardo Batista – Assessor para Equidade Racial em Saúde do Ministério da Saúde-Gabinete da Ministra Nísia Trindade.
Leitura obrigatória para trabalhadoras/es e estudiosas/os do campo da saúde mental, na discussão sobre atenção psicossocial e racismo, abordando os sofrimentos psíquicos e suas consequências, relacionados à violência do racismo. Um trabalho primoroso e pedagógico que, através dos relatos de trabalhadoras/es de casos atendidos no CAPSij, demonstra como o racismo se constitui num elemento impetuoso para o desenvolvimento de processos de sofrimento para usuárias/os e cuidadoras/es negras/os quando desalojadas/os de um lugar de reconhecimento positivo. Confirma como a educação permanente é potente para as equipes lidarem com o tema com maior efetividade. Contudo, quando propõe transformar a questão racial como uma questão antimanicomial e o CAPS como um lugar de AQUILOMBAÇÃO – espaço de promoção da equidade racial e de desinstitucionalização do racismo – dá um grande salto de qualidade, resgatando a experiencia libertária do Quilombo dos Palmares: é esse papel que esperamos do Estado.
Maria Lúcia da Silva, Psicóloga, Psicanalista.
AMMA Psique e Negritude – Pesquisa, Formação e Referência em Relações Raciais
Os diálogos que emergem das lutas comuns entre os povos da diáspora africana e dos povos indígenas constituem uma vastidão de
experiência e manancial de saberes em que pensamento, luta, cura e festa se interconectam. Amplificar esses diálogos, abrir passagens e
promover equidade nas publicações, esses são os compromissos da coleção Diálogos da Diáspora.
