CUPOM NÃO SE APLICA A ESSE LIVRO
Este livro é, sobretudo, para contar a história destas indígenas mulheres que compartilham os caminhos da niversidade em suas trajetórias. Entendemos que ao fazer essa empreitada, visibilizamos a diversidade que somos e a nossa presença como produtoras de conhecimento, intelectuais que emanam de seus corpos, de suas culturas, partindo dos ensinamentos de seus pais baseado em seus povos que dialoga com sua vida e histórias.
Falar desse lugar é força, reconciliação e potência. O mundo acadêmico-científico fragmenta, atravessa essas mulheres que buscam promover as novas vozes de ser indígena e diversidade a partir das suas narrativas, de seu pensamento que é teoria, conhecimento e memória ancestral. Este trabalho marca a continuação de reparação e luta contra qualquer tipo de injustiça. Fazer parte desse projeto significa nos posicionar contra o genocídio de nossos povos, o racismo e a discriminação de gênero. O poder está na história da escrita indígena, no fazer juntas, em fazer nascer este sonho com nossas anciãs e nossos anciãos. Crescemos inspiradas nessas raízes, fazendo novas narrativas e caminhando juntas e juntos.
*-*-*-*-*-*-
SUMÁRIO
Prefácio, VIVÊNCIAS DIVERSAS 2: UMA COLETÂNEA DE INDÍGENAS MULHERES, Braulina Baniwa & Lucinha Tremembé
Texto 1: VIVÊNCIAS DA MENINA TREMEMBÉ: UMA DIVERSIDADE DE CONHECIMENTO, Lucinha Tremembé
- – Quando tudo começou
- – O cotidiano escolar
- – Experiências profissionais e na militância do movimento indígena
- – Conclusão
- – Referências
Texto 2: A VOZ E A ESCRITA DE UMA WAPICHANA DO LAVRADO DE RORAIMA, Jama Peres Pereira
- – A língua wapichana
- – Minha passagem no mestrado
Texto 3: O MEMORIAL DE VIDA DA MENINA IRÊ — LUZ DOS ENCANTADOS!, Juliana Alves
- – O começo de tudo
- – Primeira dificuldade depois do nascimento Vida escolar
- – Gravidez na adolescência
- – Primeiro emprego formal
- – Magistério Indígena II
- – Vínculos familiares desfeitos
- – Formações superiores
- – Inícios da profissão docente
- – Passagem do cacicado
- – Entrada no mestrado
- – Ocupação no Espaço Político
- – Minibiografia
Texto 4: TRAJETÓRIA, Dirlene Tikuna
- – Saindo pela primeira vez da comunidade/aldeia
- – O início da jornada universitária
- – Idas e vindas (comunidade para universidade)
Texto 5: PERCURSO E MEMÓRIA DA KARI’AMORA, Zané Katu Aipaw Rupi Purumugeta Haw
Texto 6: Trilhando caminho profissional como uma mulher indígena, Melina Carlota Pereira
- – A vinda para o Brasil
- – O ritual da menarca
- – Morar na cidade Boa Vista
Texto 7: NARRATIVA DE UMA MEMÓRIA DA WISÚ, Wisú, Sileusa Natalina Menezes Monteiro
- – As mobilidades pelos rios
Texto 8: VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS INDÍGENAS DE OHOLIPAHKÓ, Rosane Gonçalves Cruz
- – Vivências indígenas e o mundo da pesquisa
Texto 9: AS DIÁSPORAS DA MINHA VIDA, Andreza Andrade
- – O percurso do mestrado
- – Minibiografia
Texto 10: UMA MÃE KAINGANG NA UNIVERSIDADE, Juciléia Danuza Kagso Inácio Jacobsen
Texto 11: QUEM É LUANA KUMARUARA?, Luana da Silva Cardoso
- – O corpo demarcando território Entre a universidade e os espaços políticos
- – Movimento Me Coloniza #SQN
- – Mulheres indígenas do Baixo Tapajós
- – Conferência Nacional de Política Indigenista (CNPI)
- – Rede mulheres indígenas do Baixo Tapajós
- – O Departamento de Mulheres Indígenas da Região do Baixo Tapajós
- – Referências