Este estudo é sobre a sífilis em território baiano, com seus arranjos políticos e de organização médico-sanitária, para seu combate efetivo ou limitado. Indo além, é uma construção historicizada de homens e
mulheres num certo tempo, de doenças que aparecem, desaparecem e reaparecem, tensionadas pelas opções ou obrigações humanas de viver em determinada sociedade […] Ao fim e ao cabo, esta segunda edição
ampliada de Ricardo Batista o coloca entre as melhores produções da história das doenças produzidas em nosso país, respondendo ao clássico organizado por Jacques Le Goff, que vaticina o fato de o corpo
em sofrimento por doenças tornar-se objeto da história.
— André Mota
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Sumário
– Prefácio à segunda edição André Mota
– Prefácio à primeira edição Christiane Maria Cruz de Souza
– Introdução
Capítulo 1 Uma política sanitária nacional na Bahia
– A reforma de 1920 e o movimento sanitarista
– Inspetoria de Profilaxia da Lepra e Doenças Venéreas e uma proposta de combate à sífilis
– Reforma Sanitária na Bahia
Capítulo 2 De ex-bolsista da Fundação Rockefeller a Secretário de Saúde e Assistência Pública da Bahia
– Origens familiares de Barros Barreto
– A formação profissional
– Profissionalização técnica e combate a doenças na Bahia
– Capítulo 3 Sífilis e eugenia na Bahia
– De castigo divino a bactéria
– Eugenia e racialização na Faculdade de Medicina da Bahia
– Educação e propaganda sanitárias na reforma da Bahia
– Sífilis e propaganda no jornal soteropolitano
Capítulo 4 Desenvolvimento do sistema sanitário e o combate à sífilis em Salvador na década de 1920
– Dermatologia e Sifilografia na Faculdade de Medicina da Bahia e as enfermarias da Santa Casa de Misericórdia
– Do hospital aos centros de saúde
– Sífilis e medicina nos dispensários de Salvador
Capítulo 5 A Centralização sanitária e o combate à sífilis no Governo Vargas
– Sífilis e saúde pública no pós-1930
– A reforma de 1938 e o Estado Novo
– Capítulo 6 Interiorização das ações sanitárias na Bahia
– Serviços Federais no interior da Bahia: diretores sanitários e postos de saúde
– A sífilis no interior da Bahia
– Continuidade da centralização no Governo Vargas
– Considerações finais
– Referências