A presente obra pretende ser uma contribuição para uma série de movimentos reflexivos por aqueles(as) que constroem a Educação Popular em Saúde no país em seus diferentes cenários e contextos, seja nos serviços de saúde, nos centros de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais ou na gestão das políticas públicas sociais. No cenário contemporâneo é imprescindível perguntar: em que medida as práticas da Educação Popular em Saúde estão produzindo reflexões e atitudes concretas para a luta pelos direitos sociais e humanos em nosso país, de modo que eles não sejam diminuídos, nem extintos? Quais têm sido os obstáculos para que tais práticas possam lutar contra a instituição e implementação de políticas e leis que possam vir a comprometer, se não a retirar, direitos socialmente e historicamente conquistados pela classe trabalhadora e seus aliados nesse país, bem como combater iniquidades e injustiças sociais historicamente construídas em nosso continente? É então fundamental novas perspectivas e novos olhares para o campo da Educação Popular em Saúde e suas várias interfaces, compartilhando de outras experiências e desvelando as diferentes possibilidades e obstáculos que vão se revelando na prática. Isso deve ser pensado para que as práticas de EPS sejam permanentemente qualificadas e possam avançar consistentemente na construção de alternativas para os principais desafios colocados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
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