Livro vencedor da 2.ª edição do Prêmio Dissertação e Tese promovido pela Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica (ABPHE), em 2018, na categoria “Tese”.
Este livro busca compreender como o pensamento econômico alemão oitocentista – a Nationalökonomie – foi incorporado ao discurso econômico produzido no Brasil, entre o final do século XIX e as primeiras décadas do XX. Assimiladas em diversos países nesse contexto, essas ideias influenciaram, por exemplo, a maneira como Rui Barbosa e Amaro Cavalcanti abordaram as finanças públicas, a crítica de Vieira Souto à política monetária de Murtinho e a defesa, por parte de Roberto Simonsen, de uma “economia nacional” autônoma.
Partindo da formação da economia política na Alemanha, o livro volta o olhar para o Brasil. Sempre colocando as ideias em seu tempo, os capítulos percorrem discursos parlamentares, livros-texto, panfletos e programas de curso para traçar os caminhos desse processo de disseminação internacional. O resultado é um quadro bastante diverso, que, além de informativo, recoloca a questão: o que define a formação de um pensamento econômico “brasileiro”?
Sobre o autor:
Luiz Felipe Bruzzi Curi é graduado em Ciências Econômicas pela UFMG, com mestrado e doutorado em História Econômica pela USP. É professor do Departamento de Ciências Econômicas da FACE/UFMG e pesquisador do Cedeplar. Suas principais áreas de pesquisa são a história das ideias econômicas e a história econômico-social do Brasil (Primeira República e Era Vargas).
Parceria: ABPHE