Formação econômica de Santa Catarina chega à sua quarta edição, cumprindo, brava e competentemente, tal como quando ganhou a luz sua primeira edição, há 23 anos atrás, o desiderato de aportar uma perspectiva
crítica ao debate sobre o processo de acumulação capitalista — e das relações sociais e políticas a ele subjacentes — que vem tendo lugar nesta pequena unidade da federação do Sul do Brasil desde, fundamentalmente, a segunda metade do século XIX até o presente. Alcides Goularti Filho disponibiliza ao público — um público que, evidentemente, extrapola o restrito âmbito dos estudiosos da economia, em especial, da história econômica — esta nova edição, revista e atualizada, de um livro que, ademais de empiricamente bem-informado, é aprazível, acessível e inteligível, demonstrando ser cada vez mais pertinente e, mesmo, cada vez mais imprescindível para quem queira decifrar a Formação econômica de Santa Catarina.
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Sumário
PREFÁCIO À TERCEIRA EDIÇÃO
PREFÁCIO À SEGUNDA EDIÇÃO
APRESENTAÇÃO À SEGUNDA EDIÇÃO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1
ANÁLISES INTERPRETATIVAS SOBRE A FORMAÇÃO ECONÔMICA
DE SANTA CATARINA
1.1. As abordagens teóricas sobre a economia catarinense
1.1.1. Formação socioespacial
1.1.2. Desenvolvimentista conservadora
1.1.3. Schumpeteriana
1.2. Crescimento articulado
1.3. Construindo uma nova periodização
1.3.1. CEAG/SC: século XVII a 1960
1.3.2. Idaulo José Cunha: 1746 a 1990
CAPÍTULO 2
ORIGEM E CRESCIMENTO DO CAPITAL INDUSTRIAL
(1880-1945)
2.1. Colonização e mudanças sociais
2.1.1. A imigração europeia
2.1.2. O movimento migratório no oeste
2.2. A integração comercial catarinense no mercado nacional
2.3. As indústrias originárias
2.3.1. Extrativismo
2.3.1.1. Erva-mate
2.3.1.2. Carvão
2.3.1.3. Madeira
2.3.2. Têxtil
2.3.3. Alimentos
2.4. O tropeirismo e as atividades pastoris
2.5. A origem da mão de obra: caboclos, colonos e pescadores
2.6. Positivistas, liberais e coronéis no palácio Rosado
CAPÍTULO 3
DIVERSIFICAÇÃO E AMPLIAÇÃO DA BASE PRODUTIVA
(1945-1962)
3.1. Ampliação da base produtiva
3.2. A expansão dos setores consolidados
3.2.1. Madeira
3.2.2. Carvão
3.2.3. Alimentos
3.2.4. Têxtil
3.3. As novas indústrias
3.3.1. Cerâmica
3.3.2. Papel, papelão e pasta mecânica
3.3.3. Metalmecânica
3.4. Metamorfose do capital: do mercantil para o industrial
3.5. As deficiências estruturais e institucionais
3.5.1. O estrangulamento de energia elétrica
3.5.2. A deficiência nos transportes rodoviários
5.3.3. A falta de linha de crédito
3.6. Oligarquias broncas e capitães de indústrias
CAPÍTULO 4
INTEGRAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DO CAPITAL INDUSTRIAL
(1962-1990)
4.1. O planejamento estadual
4.1.1. Aproximação à política de desenvolvimento
4.1.2. A política de desenvolvimento
4.1.3. A continuação de uma época
4.2. O novo sistema de crédito
4.2.1. As agências de fomento
4.2.1.1. BDE: 1962-1969
4.2.1.2. BRDE: pós-1962
4.2.1.3. BADESC: pós-1975
4.2.2. Os programas de incentivos fiscais
4.2.2.1. FUNDESC: 1970-1975
4.2.2.2. PROCAPE: 1975-1984
4.2.2.3. PRODEC: pós-1988
4.3. O desempenho recente: uma análise setorial e espacial
4.3.1. Revestimentos cerâmicos
4.3.2. Complexo carbonífero
4.3.3. Complexo papel e celulose, mobiliário e madeireiro
4.3.3.1. Papel e celulose
4.3.3.2. Mobiliário
4.3.3.3. Madeira
4.3.4. Eletrometalmecânico
4.3.5. Têxtil e vestuário
4.3.6. Calçados
4.3.7. Matérias plásticas
4.4. A modernização conservadora da agricultura catarinense
4.4.1. A pequena propriedade e a safra agrícola
4.4.2. Formação dos complexos agroindustriais
4.4.2.1. Carne
4.4.2.2. Maçã
4.5. Anos 1980: na contramão da recessão
4.6. A atuação dos sindicatos e os movimentos sociais
4.6.1. Tecelões e mineiros
4.6.2. Sem-terra e excluídos
CAPÍTULO 5
DESARTICULAÇÃO POLÍTICA E REESTRUTURAÇÃO ECONÔMICA
PÓS-1990
5.1. Aspectos gerais da economia catarinense
5.2. Desarticulação política: o regresso liberal e a quebra do comando
5.3. Reestruturação produtiva e patrimonial
5.3.1. A reestruturação da indústria cerâmica
5.3.2. O desmonte parcial do complexo carbonífero
5.3.3. A reestruturação patrimonial no complexo eletrometal- mecânico
5.3.4. A desverticalização e a retração no segmento têxtil- vestuário
e calçados
5.3.4.1. Têxtil-vestuário
5.3.4.2. Calçados
5.3.5. A desnacionalização parcial no complexo agroindustrial
5.4. A integração comercial e produtiva não subordinada
5.5. O esquema interdepartamental
5.6. Partidos e sindicatos: avanços e recuos
5.7. Especialização, diversificação e integração das estruturas produtivas
microrregionais em Santa Catarina
POST SCRIPTUM
RECOMPOSIÇÃO POLÍTICA E ALARGAMENTO PRODUTIVO
6.1. O movimento pendular na formação econômica de Santa Catarina
6.2. Alternância e permanência conservadora e o movimento pendular
descompassado: antagonismos que se combinam
6.3. Crescimento econômico e estagnação industrial setorializada
6.4. Estruturas da circulação em movimento
6.5. Velhos centros dinâmicos e novas cidades industriais
6.6. Litoral e interior: desigual e combinado
CONSIDERAÇÕES FINAIS
FONTES
REFERÊNCIAS
ANEXOS
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Sobre o autor
Alcides Goularti Filho Professor da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Doutor em Economia
pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Pós-doutorado pela Universidade de Coimbra. Pesquisador do CNPQ e FAPESC. Presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômico (ABPHE) 2019-2021 e da Associação de Pesquisadores em Economia Catarinense (APEC) 2007-2010. Professor visitante da Universidad Nacional Entre Ríos (UNER) e da Universidad de Sevilla. Pesquisador convidado do Instituto Universitario de Estudios Sociales de América Latina (IUESAL) da Universidad de Alicante. Professor Colaborador do Centro de Estudos Interdisciplinares (CEIS20), da Universidade de Coimbra.