Footballmania: uma história social do futebol no Rio de Janeiro (1902-1938) | Leonardo Affonso de Miranda Pereira (2ª ed.)

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Descrição

Título: Footballmania: uma história social do futebol no Rio de Janeiro (1902-1938)
Autor: Leonardo Affonso de Miranda Pereira
ISBN: 9788584044054
Editora: Hucitec & PUC Rio
Edição: 2. Edição
Data de publicação: 2024
Páginas: 448
Tamanho: 16 cm x 23 cm x 2 cm
Peso: 739g
🥇 Prêmio Jabuti – Ciências Humanas e Educação, de 2001

Informação adicional

Peso 0,739 kg
Dimensões 16 × 23 × 2 cm

Uma beleza de livro, sobre um grande assunto, que a erudição do autor transformou num retrato da sociedade do
período. Em pouco mais de 30 anos, um jogo de ingleses e grã-finos brancos transformou-se numa paixão popular,
para desgosto de alguns dos seus primeiros admiradores. Dois negros tornaram-se heróis nacionais, numa época
em que a Europa via a sacralização do mito ariano. Miranda Pereira começa seu estudo em 1902, quando a bola já tinha chegado ao Brasil.

Nesse ano, jogou-se no Rio Cricket Club um match de football em homenagem à coroação de Eduardo VII da Inglaterra e, acima de tudo, fundou-se o Fluminense.  Anos depois, quando o esporte dos grã-finos começou a ganhar popularidade, começaram as reclamações. Em 1906, em tese defendida na Bahia, um médico reclamava: o football só devia ser praticado pela “mocidade mais preparada”. Além disso, percebia-se, ainda em 1910, que aquele jogo de bola estava subvertendo a hierarquia social. Qualquer um podia jogá-lo, mas logo o Club Sportivo dos Liberais informava que aceitaria um número ilimitado de sócios de todas as nacionalidades, “exceto pessoas de cor”.

Na outra ponta, o Bangu, formado em torno de uma fábrica, tinha operários e negros no seu time. Em 1906, o negro Paulino jogava no Botafogo. Foi Carlos Alberto, do Fluminense, quem deu apelido ao clube. Chamado de “mulato pernóstico” entrou em campo com o rosto empoado. Suou e a pasta derreteu-se. Daí veio o “pó de arroz”.

Fez-se de tudo para impedir que a choldra jogasse bola na rua, que os negros entrassem em campo. Depois, para mantê-los longe das sedes sociais dos clubes. Criteriosamente ilustrado, o livro do professor Miranda Pereira é uma exibição
de competência. (Ele achou o escritor Coelho Netto, de chapéu, terno branco e bengala, no Fla-Flu de 1917 e resgatou
os ataques que Lima Barreto fazia à sua visão plutófila do jogo).

Pesquisou atas de clubes, coleções de jornais e arquivos particulares. Num assunto em que as novidades são quase sempre produto de bibliografias requentadas, ele foi buscar a história da vitória do futebol sobre o preconceito. Tanto o  preconceito do andar de cima, que a certa altura quis conter a popularidade do futebol, quanto da esquerda anarquista,  que não via com bons olhos a felicidade dos operários que ficavam jogando bola em vez de batalhar pela revolução.  Emociona ler a entrada em campo (da história do Brasil, muito mais que do futebol) de Leônidas e Domingos da  Guia, a quem o professor dedicou o livro.

— Elio Gaspari


 

SUMÁRIO

PREFÁCIO À SEGUNDA EDIÇÃO
INTRODUÇÃO

Capítulo 1: UM FIDALGO SPORT?

. Os aprendizes da civilização
. Higiene e sport
. A liga da distinção
. A moda do high-life

Capítulo 2: O ORGULHO DA NAÇÃO

. A febre do football
. As glórias do Brasil
. Uma nação de desiguais

Capítulo 3: O JOGO DOS SENTIDOS

. A literatura entra em campo
. Nos arrabaldes do esporte
. Os trabalhadores da bola

Capítulo 4: DO FOOTBALL AO FUTEBOL

FONTES
BIBLIOGRAFIA

 


 

SOBRE O AUTOR

LEONARDO AFFONSO DE MIRANDA PEREIRA

é professor associado do Departamento de História da PUC-Rio. Doutor em História Social pela Unicamp, é autor dos livros O carnaval das letras: literatura e folia no Rio de Janeiro do século XIX (2004); Coelho Netto, um antigo modernista (2016); e A cidade que dança: clubes e bailes negros no Rio de Janeiro (2020).

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