Entre as assombrações do passado e as sementes do futuro: notas sobre a defesa do Sul Global | Héctor Luis Saint-Pierre, Isabel dos Anjos Leandro & Eduardo Mei (orgs.)

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Descrição

Título: Entre as assombrações do passado e as sementes do futuro: notas sobre a defesa do Sul Global
Organizadores: Héctor Luis Saint-Pierre, Isabel dos Anjos Leandro & Eduardo Mei (orgs.)
ISBN: 9788584043668
Editora: Hucitec Editora, Fundação Perseu Abramo & Instituto Lula
Edição: 1. Edição
Data de publicação: 2023
Páginas: 314
Tamanho: 14 cm x 21 cm
Peso: 564g
Coleção Novas e Velhas Desigualdades na Era Digital, 4

 

 

 

Informação adicional

Peso 0,564 kg
Dimensões 14 × 21 × 1,5 cm

Perguntamo-nos aflitos o que o futuro nos reserva. A inquietação se justifica. Enfrentamos uma policrise, “a inédita convergência de três crises que se agravam mutuamente: a de acumulação do capital, a climática e a hegemônica”. Por isso, indagamos o que virá; suspeitamos que talvez não haja nem futuro nem vida. Entretanto, como dizia Paulo Freire, é preciso esperançar: superar o trauma decorrente de um passado que nos assombra e romper a inércia perante um futuro que nos atormenta. O livro Entre as assombrações do passado e as sementes do futuro contempla perspectivas globais e é de longa duração, vinca-se na situação brasileira e discorre sobre as ferramentas necessárias à lavoura, mormente as tecnologias que incidem sobre a violência que nos oprime e a defesa que almejamos.

 


 

O livro que o leitor tem em mãos apresenta novas investigações acerca da sociedade brasileira motivadas pelas profundas transformações geradas pela perene crise sistêmica do capitalismo. Diante da criminosa tragédia que nos acometeu e culminou na necropolítica pandêmica e no avanço do golpismo neofascista na segunda década deste século, os autores/ as autoras sabiam que, devido às dimensões continentais do Brasil — sua população, sua importância econômica e  geopolítica” —, a tragédia brasileira impactava além das suas fronteiras, atingindo povos periféricos ao sul e ao norte da linha do Equador. A eleição do presidente Lula e sua calorosa recepção em todo o mundo confirmou essa certeza. A obra se assenta sobre as assombrações do passado e as inquietações do presente para lançar as sementes do futuro. As 21 autoras e autores apresentam em seus 16 capítulos um diagnóstico preliminar e uma primeira aposta.

Motivados pelas tragédias criminosas do passado recente, almejamos que esta reflexão seja continuada e o debate aprofundado com aqueles que aceitem este desafio.


 

O esforço do grupo que se reunia para discutir segurança e defesa em torno do Instituto Lula de alguma forma está expresso nessas páginas. Como proposta, debruçavam-se sobre as perspectivas de futuro; não um futuro imediato, mas o futuro de longo prazo, para escapar das armadilhas do imediatismo que exige a conjuntura e debater estrategicamente as possibilidades de desenvolvimento de longo prazo, estrutural e consistente.

Nesse sentido, esse grupo pretendeu pensar em um futuro em que essas questões possam ter uma resposta para o Brasil. Para que um futuro como esse seja não apenas pensado, mas realizável, inevitavelmente o presente e o passado devem estar presentes no cálculo.

Entre as Assombrações do Passado e as Sementes do Futuro é uma leitura obrigatória para entender o Brasil contemporâneo. A temática da Guerra, a estrutura de Defesa e a participação política dos militares às vezes negligenciada como um tema maldito das Relações Internacionais ou reservada aos poucos especialistas que entram nas especificidades das questões técnicas é abordado aqui como algo a enfrentarmos do ponto de vista das relações humanas e das decisões políticas, geopolíticas, sociais e econômicas.

 


 

Sobre os organizadores

Héctor Luis Saint-Pierre
Licenciado em Filosofia pela Universidad Nacional de La Plata, Argentina. Mestre em Lógica, Epistemologia e Filosofia da Ciência e Doutor em Filosofia Política pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Livre-docente em Filosofia e professor titular em Segurança Internacional pela Universidade Estadual Paulista.

Desde outubro de 2015 desempenha-se como coordenador-executivo do Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais da UNESP. Coordena a área de “Paz, Defesa e Segurança Internacional” da pós-graduação em Relações Internacionais “San Tiago Dantas”.

Fundador e líder do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional (GEDES). Membro do Diretório da Red de Seguridad y Defensa de América Latina (RESDAL) desde sua fundação. Membro do Conselho Consultivo do Instituto Questão de Ciência. Presidente da Associação Russo-Latino-americana de Estudos Estratégicos.

Pesquisador emérito de Security and Defense of the Americas (SEDE Américas). Membro de vários conselhos editoriais e revisor de diversas publicações científicas. Possui diversos livros e vasto quantitativo de publicações em periódicos especializados, capítulos de livros, e muitos artigos de opinião em veículos de comunicação.

Atua na área de Ciência Política e Relações Internacionais, com ênfase em Integração Internacional, Segurança Internacional, Cooperação em Defesa, Conflito, Guerra e Paz.

 

Isabel dos Anjos Leandro
Possui graduação, mestrado e doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.  Diretora da Fundação Perseu Abramo (2017-2020). Professora convidada Ciência do Estado (UFMG) (2020-2021).

Professora substituta Universidade Federal Fluminense (UFF) (2021). Professora substituta na PUC-MINAS (2009-2023). Assessora Parlamentar – Assembleia Legislativa de Minas Gerais, atuando principalmente, na formação política, sistematização do conteúdo programático do mandado participativo, desenvolvimento das pautas de gênero e raça, e articulação partidária. Graduanda em Direito.

Em fase de desenvolvimento de pesquisa de pós-doutorado no Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais da Universidade Estadual de São Paulo (IPPRI-UNESP). Autora do artigo: “A força do direito: as lutas sociais de ontem e hoje” (USP, 2022); Coautora dos artigos: “Quem colocou o Urso no “campo da morte”? Conflito internacional de hegemonias irrompe belicamente na Ucrânia” (GEDES, 2022); “A democracia  Brasileira” (mandato participativo Marquinho Lemos, 2019); “Reflexões sobre as práticas educativas, defesa e promoção dos direitos das crianças e adolescentes no Espaço Criança Esperança de Belo Horizonte” (PUC Minas -2010).

 

Eduardo Mei
Docente de Sociologia do curso de Relações Internacionais da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS) da UNESP (Universidade Estadual Paulista). Doutor em História pela UNESP (2009) pós-graduado em Filosofia UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) e graduado em Ciências Sociais pela UNICAMP.

Pesquisa principalmente nos seguintes temas: Sociologia e Teoria da Guerra e das Relações Internacionais; Relações Civil-Militares; Teorias das Ciências Histórico-Sociais, Neokantismo e Historicismo; Teoria da Estratégia. É membro do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional (GEDES) da UNESP, no qual coordena o Observatório de Conflitos (OC) e o Observatório de Política Exterior (OPEx).

 


 

Sumário

Prefácio
Introdução, Isabel dos Anjos Leandro, Eduardo Mei & Héctor Luis Saint-Pierre

I – A seara global e a periferia dependente

Capítulo 1. Periferias, guerras e soberania: semeando novos futuros, Marcio Pochmann

Capítulo 2. Mundo em trânsito. Notas sobre a crise e o futuro da ordem internacional, Sebastião C. Velasco e Cruz

Capítulo 3. Acumulação de capital e tecnologias da violência, Eduardo Mei & Héctor Luis Saint-Pierre

Capítulo 4. A geopolítica da dependência na América do Sul, Raphael Padula

Capítulo 5. Condicionantes estruturais do financiamento da Defesa na América do Sul, Diego Lopes da Silva

II – O Brasil e sua inserção internacional

Capítulo 6. O emprego das forças armadas em operações de garantia da lei e da ordem e suas implicações para a defesa nacional, Adriana A. Marques

Capítulo 7. Rompendo monopólios militares: Educação, Orçamento, Justiça e Inteligência, Ana Penido, Jorge M. Oliveira Rodrigues & Suzeley Kalil

Capítulo 8. Indústria de defesa no Brasil Democrático: por reformas profundas no nosso aparato institucional, Juliano Cortinhas & Matheus Dalbosco Pereira

Capítulo 9. Lawfare, democracia e a transição inacabada brasileira, Rodrigo Lentz

Capítulo 10. Uma “guerra introvertida” e o pluriverso decolonizado: análise das práticas securitárias das forças armadas no Brasil, Mariana da Gama Janot & Samuel Alves Soares

III – As tecnologias nos instrumentos da violência e nas novas frentes da guerra

Capítulo 11. Guerras convencionais e revoluções militares: o futuro da guerra, Leandro José Clemente Gonçalves

Capítulo 12. Tecnologia militar e dependência: o Brasil e a América do Sul em perspectiva, José Augusto Zague

Capítulo 13. As guerras silenciosas e as estratégias de resistência, Isabel dos Anjos Leandro

Capítulo 14. A revolução molecular: complexidade, automação da percepção e sistemas preditivos de vigilância, Eduardo Barros Mariutti

Capítulo 15. Tecnologias e despersonalização da violência, Héctor Luis Saint-Pierre & Mayara Zorzo

Capítulo 16. Cosmotécnica hegemônica e razão algorítmica: sistemas preditivos de vigilância e a autonomia em países periféricos, Jonathan de Araujo de Assis

Sobre as autoras e os autores

 

 


 

APRESENTAÇÃO GERAL DA COLEÇÃO

Este livro que aqui se apresenta é resultado de um esforço coletivo de especialistas e gestores que associam experiência, profissionalismo e vontade de inovação. Resulta da busca do instituto Lula em mais uma vez reunir profissionais de excelência para pensar a sociedade brasileira nos seus mais diversos aspectos, provocar e propor soluções para políticas públicas e sociais.

Entre os anos de 2020 e 2023, a Diretoria do Instituto Lula, composta por Marcio Pochmann, Moises Selerges, Thamires Sampaio, Paulo Okamotto e Juvândia Moreira, se propôs a realizar estudos, ampliar o debate e buscar estratégias de modernização da sua visão de mundo. Alicerçado nessa missão, surgiram projetos de formação de quadros, seminários com participação social, articulação com as universidades, grupos de escutas com especialistas e editais de trabalho para pesquisadores.

Esse volume de conversas, reuniões, estudos, pesquisas e relatórios agora se convertem numa série de livros que tem como objetivo ajudar a pensar o Brasil do futuro. Muito do que foi feito teve a perspectiva de apresentar novas abordagens para temas que insistem em manter-se na agenda social, política e econômica do Brasil. Para isso, a proposta do Instituto Lula em tratar temas já bastante desgastados que permanecem irresolutos foi propor uma discussão de longo prazo, para vinte anos, ou mais. Não pensar no imediato, mas pensar no longo prazo. Sintoma do nosso atraso enquanto sociedade é que estamos sempre correndo atrás do emergencial, de que tudo é urgente e que tudo deve ser resolvido agora.

Como tentar colocar toda água do reservatório dentro do cano de saída de uma única vez. É preciso, para ter bons resultados, controlar o fluxo, organizar o estoque, pensar no longo prazo e nos gargalos. A coleção que aqui se apresenta e da qual faz parte esse volume tem esse proposito: pensar o Brasil, reconhecer seus problemas urgentes, mas dar tempo ao tempo, controlar a ansiedade de fazer tudo de uma vez e evitar o erro de supor que tudo é urgente, porque, seguindo a máxima do ditado popular: se tudo é urgente, nada é prioritário.

Sabemos que ao definir prioridades, selecionamos a sequencia de tarefas, e que obviamente a cada escolha há muitas renuncias. O Instituto Lula insistiu na necessidade de que essas escolhas e preferencias se fizessem entre os especialistas,
professores, lideranças de movimentos sociais, pesquisadores e os participantes anônimos que nos acompanharam, porque isso faz parte do exercício da liderança.

Provocar reações, buscar respostas para tomar as melhores decisões é o papel de uma instituição como o Instituto Lula, subsidiar lideranças com diagnósticos e propostas para que a sociedade brasileira tenha opções de pensamento de longo prazo. Para nós, a doença do ‘curtoprazismo’ precisa ser combatida. Um segundo eixo de trabalho adotado e que vai ficar evidente nas leituras da presente coleção em que essa apresentação perpassa é o fato de considerarmos as mudanças para uma nova Era Digital. Consideramos que a transição da sociedade industrial, que concentrava empregos, riquezas e inovação na área da indústria tem dado sinais de esgotamento e que desponta, como substituição a isso, um período de mudanças associadas a informatização dos serviços e incorporando iniciativas de inteligência artificial que chamaremos de Era Digital.

Como as plataformas de serviços digitais, o incremento do celular, toda a economia em torno do mundo da internet, dos sites e aplicativos foi capaz de fazer uma verdadeira revolução na forma com que nos comunicamos, na forma com que transmitimos informações e também nas formas de organização e circulação de pessoas e produtos? Ter um mapa às mãos com geolocalização em tempo real mudou a logística dos transportes. Assim como ter o aplicativo do banco tirou  muitos empregos do caixa. Os totens em lojas de fast food dispensam funcionários e transformam o atendimento, assim como organizar os semáforos com inteligência artificial que monitora o transito aperfeiçoa os fluxos nas cidades. Todas essas transformações e acelerações apresentam desafios às políticas públicas, aos governos e a própria sociedade civil. Discutir em parte esses impactos tomou conta de alguns dos projetos que cercaram o Instituto Lula esses anos.

Boa leitura! Contem conosco,

Marcio Pochmann &
Luís Fernando Vitagliano

 


 

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