Fruto de inquietações, reflexões teóricas e investigação acadêmico-científica, o presente livro1 convoca o leitor a navegar por um encontro entre dois baluartes do campo da saúde mental internacional e suas contribuições para a realidade brasileira. A tarefa dessa escrita vem sendo maturada ao longo dos últimos sete anos, não sendo nada fácil o processo de amadurecimento das questões que procuramos tratar, sendo necessário um mergulho profundo sobre o legado e percurso de Frantz Fanon e Franco Basaglia. Podemos dizer que o processo de aproximação das obras e do pensamento de Frantz Fanon ocorreu a partir das leituras e palestras do professor Deivison Faustino, um importante intelectual e pesquisador sobre o tema. O livro Frantz Fanon: um revolucionário, particularmente negro apresenta provocações para a Reforma Psiquiátrica e lança desafios que ainda não haviam sido estudados, como a relação racismo, colonialismo e reforma psiquiátrica. Ou seja, Faustino
(2018) nos conduz ao questionamento sobre a possível relação da luta antimanicomial com as lutas pela libertação no continente africano, ocorridas no século XX.
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Sumário
Prefácio, Deivison Faustino
Introdução
Capítulo 1. Por que Basaglia, por que agora?
Capítulo 2. Frantz Fanon em terras italianas
Capítulo 3. O encontro de bambas
Capítulo 4. Rompendo com o manicômio
Capítulo 5. Ecos da liberdade
Capítulo 6. “A liberdade é uma luta constante”
Referências
Posfácio, Ludmila Cerqueira Correia
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Sobre a autora
Rachel Gouveia
Militante antimanicomial, feminista e antirracista. Doutora em Serviço Social pela PUC/SP. Professora da Graduação e Pós-Graduação em Serviço Social da UFRJ. Coordenadora do Projeto de Pesquisa e Extensão Luta Antimanicomial e Feminismos.
Organizador da Coleção Comemorativa 100 anos de Franco Basaglia
Organizador da coletânea 100 anos de Franco Basaglia: Memórias, indagações e análises brasileiras
Autora do livro Ecos da Liberdade: um encontro entre Frantz Fanon e Franco Basaglia