De Madureira à Dona Clara: suburbanizacão e racismo no Rio de Janeiro no contexto pós-emancipação (1901-1920) | Alline Torres Dias da Cruz

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Descrição

Título: De Madureira à Dona Clara
Subtítulo: suburbanizacão e racismo no Rio de Janeiro no contexto pós-emancipação (1901-1920)
Autora: Cruz, Alline Torres Dias da
ISBN: 978-65-86039-51-1
Editora: Hucitec
Edição: 1. Edição
Data de publicação: 28/12/2020
Número de páginas: 134
Séries ou Coleções: Diálogos da Diáspora, Volume: 7

Informação adicional

Peso 0,300 kg
Dimensões 14 × 21 × 2 cm

Sinopse

Este livro discute o reordenamento socio-territorial do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, entre fins do século XIX e as primeiras décadas do XX, no bojo do contexto pós-emancipação das pessoas escravizadas e republicano. Submetido a uma divisão político-administrativa que classificava as freguesias (depois distritos) em “urbanas” e “suburbanas”, o Rio de Janeiro desse período, incluindo as suas áreas centrais, era caracterizado por funções e usos rurais. Tais práticas, no entanto, tornaram-se um dos alvos tanto dos Códigos de Posturas, que regulavam e ordenavam o cotidiano, como também da imprensa. Forjados a partir de um ideário higienista, as normas públicas, os posicionamentos dos jornais e as reclamações de parte dos moradores da cidade reivindicavam a intervenção do poder público no controle de atividades vistas como insalubres, tais como o cultivo de capinzais, de hortas e pastos, a edificação de estábulos e de cocheiras. Deste modo, ao limitar e autorizar estas práticas sociais em apenas uma parte do território da cidade, o Estado construía politicamente um processo de suburbanização, buscando concentrar espacialmente usos “sujos” e indesejados. Mas o que era considerado como ameaças à produção de uma urbanidade para as áreas centrais da capital do país, no entanto, não viriam apenas daquelas atividades. O debate político e intelectual que articulou a temática da modernização econômica fundada no trabalho livre imigrante e nas tentativas de industrialização à necessidade de edificação de uma capital “moderna” e burguesa, combateu também os modos de apropriação da cidade da população afrodescendente que, se ao final do século XIX, estava espraiada de maneira mais equilibrada no Rio de Janeiro, em cerca de meio século concentrou-se, sobretudo, nos bairros nascidos das antigas freguesias suburbanas. Este processo de segregação urbana e de criação de redes de solidariedades, diferenças e disputas, no quais a apropriação e ocupação dos territórios do Rio de Janeiro tiveram dimensão fundamental, são discutidos a partir dos subúrbios ferroviários de Madureira e Dona Clara.

 

>>> Veja o sumário do livro aqui <<<

 

Sobre a autora

Possui graduação em Ciências Sociais (licenciatura e bacharelado) pela Universidade Federal Fluminense (2003 e 2004), mestrado em Planejamento Urbano e Regional pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (2007) da Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutorado em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2014). Atualmente é docente do Departamento de Sociologia no Colégio Pedro III, atuando na Educação Básica, no Curso de Especialização em Educação das Relações Étnico-Raciais na Educação Básica (EREREBÁ) e no Curso de Graduação Licenciatura em Ciências Sociais; é também pesquisadora do Laboratório de Antropologia e História do PPGAS/MN/UFRJ. Tem experiência em pesquisa etnográfica e com arquivos. Atua principalmente nos seguintes temas: antropologia das religiões afro-caribenhas, especialmente cosmologia, materialidade e práticas rituais entre imigrantes da República Dominicana em Porto Rico, no Caribe; antropologia da história com foco na produção de políticas urbanas no Rio de Janeiro pós-emancipação e republicano; ensino de Ciências Sociais/Sociologia; ensino de Sociologia das Relações Étnico-Raciais; ensino de Patrimônio Cultural Material e Imaterial da África Negra e sua diáspora.

 

Sobre a coleção DIÁLOGOS DA DIÁSPORA

Amplificar os diálogos, abrir passagens, promover equidade nas publicações, esses são os compromissos desta coleção. Os encontros produzidos pelos povos da diáspora em terras brasileiras constituem-se como uma vastidão de experiência e manancial de saberes. Nos espaços de resistência cultivam-se modos de vida em que pensamento, luta, cura e festa se interconectam. Esse ser-fazer-saber dos muitos territórios em que a ancestralidade comparece como realidade viva afiando pontas de lanças que abrem passagens de um mundo porvir. A fertilidade dessas experiências também vem promovendo uma importante abertura no universo da produção editorial em que brotam outras formas de existências. A inclusão de múltiplas expressões do pensamento da diáspora africana e dos povos indígenas tem o objeto de somar-se ao movimento de combate ao epistemicídio na medida em que possibilita que essas múltiplas expressões possam ganhar materialidade, visibilidade e institucionalidade. Possibilitar que as cosmologias, perspectivas e experiências decolonais (mentalidade cultural que vem de fora da colonização europeia) redesenhem as encruzilhadas da produção do conhecimento, ali onde e quando a academia se encontra com os territórios de vida e luta, para que as vozes, caminhos e expressões dos povos que resistem há séculos às desigualdades possam, com o pensamento encarnado, desbloquear as imaginações e assim, seguir no fortalecimento de transformações políticas e sociais.

A Coleção Diálogos da Diáspora publicará prioritariamente títulos de autores/as negros/as e indígenas, conectando campos de saber e experiência, trazendo autores conhecidos e novos, nacionais e estrangeiros. Nossa bússola apontará para o sul, indo dos saberes orais, ancestrais, populares ao acadêmico, do romance à poesia, da magia à espiritualidade. Arte e ativismo político se unem para enfrentar a chamada catástrofe metafísica ocidental. Enfrentaremos binarismos históricos através da pluralidade de abordagens e de escritas que nos ajudem a lutar e sonhar com reservas de comum e de um mundo melhor.

Hucitec Editora
Grupo De Pesquisa Egbé
Projeto Canela Preta

DIREÇÃO
Tadeu de Paula
José Damico


CONSELHO EXECUTIVO
Camile Pasqualotto Lewczynski
Roger Machado

 

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